quarta-feira, 12 de março de 2008

Amor e ódio

Volto minhas baterias para a cidade onde moro e com a qual mantenho uma relação de amor e ódio. Cuiabá é uma cidade estranha: tem horas em que a acho charmosa e cativante; em outras, acho-a pavorosa. Não é só o calor (quando meus amigos do Rio reclamam de calor, digo vocês não sabem o que é isso), mas, sobretudo, a quase impossibilidade de caminhar nas ruas. As sombras são poucas e as calçadas (quando há) extremamente irregulares, cheias de armadilhas para pedestres menos atentos. Além disso, tem a questão da (in) segurança, que torna complicado caminhar à noite, quando não temos o castigo do sol.
Na noite de domingo passado, por exemplo, caminhei coisa de três quarteirões com um jornalista norueguês recém chegado à cidade. Eu ia toda animada conversando quando ele mencionou que o pessoal do Hotel Deville tinha dito que não era aconselhável caminhar nas vizinhanças. Disse a ele que poderia ficar tranqüilo por estar em minha companhia (afinal, sou quase uma nativa), mas por dentro fiquei morrendo de medo de acontecer alguma coisa com aquele europeu que veio ao Brasil para fazer uma reportagem sobre agronegócio.
Tem outras coisas em Cuiabá que me intrigam e que serão alvo de comentários em outras postagens, sempre com intuito de colaborar para construir uma vida melhor na cidade que escolhi para morar (pelo menos temporariamente).

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