sábado, 31 de agosto de 2013

Filhos que voam!





É tão bom sentir vontade de escrever um novo post! Cá entre nós, não tive a menor vontade de escrever nos últimos tempos.
Ou melhor, escrevi muito, mas nada de muito pessoal. Fiquei muito ocupada com o fechamento de duas publicações: a última edição da revista Corpo e Arte, a ser lançada no dia 9 ou 10 de setembro, e o anuário do Instituto Algodão Social. Ambos deram muito trabalho, mas o segundo deu muito mais, já que me envolvei até medula em todos os detalhes da edição. Sem falar, é claro, no trabalho normal, das 8 às 18h, de segunda à sexta-feira.
Nesse meio tempo, minha filha caçula esteve aqui em Cuiabá com mil coisas para fazer antes de embarcar para a Holanda (Ciências sem Fronteiras) e ainda arrumou umas pedras na vesícula, o que a obrigou a fazer uma cirurgia meio às pressas. Melhor ficar um ano na Holanda sem vesícula e pedras do que correr o risco de uma crise num país estrangeiro!
Depois disso, ela voltou para o interior de SP, onde passou alguns dias se despedindo da rotina da república e do namorado. Na sexta da semana passada, voei ao seu encontro, fomos juntas para SP e nos despedimos no aeroporto de Guarulhos. A ideia é a gente se rever em dezembro/janeiro na Europa.
Esses são os fatos que, de alguma forma, me tiraram a inspiração e o tempo para o blog nos últimos dias. 
E os sentimentos?
(Suspiro) Difícil dizer ... Estou incrivelmente serena e animada com a perspectiva de passar uma semana em Brasília mergulhada até a cabeça no Congresso Brasileiro do Algodão. Acho que estou ficando meio workaholics ... 
Hoje fui nadar depois de muitos sábados sem conseguir ir. Foi incrivelmente bom! Não perdi o pique, nem o fôlego. Nadei os meus pouco mais de mil metros (sei que não é tanto assim) em uma hora e saí de lá feliz da vida. 
Continuo amando minhas aulas de yoga e agora também faço uma aula de taibo, nas terças e quintas-feiras, que é uma delícia - uma mistura de artes marciais e aeróbica  
Continuo gostando de cantar, mas ando frequentando menos o Chorinho, em parte, por conta desses compromissos, em parte, por preguiça mesmo.
Neste momento, estou curtindo um raro instante de solidão em minha casa, ouvindo a música que escolhi e somente isso. Hesitei em usar a palavra solidão que tem uma conotação meio triste, mas a gente tem que ficar sozinha de vez em quando sem fazer disso um drama, nem que seja para derramar algumas lágrimas em paz ou se sentir inteira, ainda que seja inteiramente triste.
A gente atua tanto o tempo todo, representa papéis sociais - mãe, trabalhadora, pessoa comprometida, politizada, politicamente correta, etc - que às vezes dá um cansaço. 
Meu maior desejo agora - fora, é claro, ver minhas filhas bem, assim como minhas irmãs e os demais membros da família - era poder passar uns dois ou três dias num lugar bem tranquilo - numa fazenda no Pantanal, por exemplo - sem dirigir, sem ouvir barulho de carro (e principalmente de moto), sem tem que me preocupar com a roupa que vou usar, apenas contemplando a paisagem, ouvindo barulho de pássaros ... 
Mas meu principal objetivo a médio prazo é juntar dinheiro para visitar Marina na Holanda. Antes disso, vou ao Rio para celebrar o aniversário de uma de minhas irmãs e rever boa parte da família.
Acho que vai ser um segundo semestre animado.
Fico um pouco angustiada quando as pessoas dizem a respeito da viagem da minha filha caçula:  "Um ano passa rápido". Eu não quero que passe rápido. Quero que ela tenha todo o tempo do mundo para curtir essa experiência maravilhosa e eu também quero curtir cada minuto da minha vida.
Sei que isso é bobagem: independentemente de nossa vontade, o tempo está passando muito rapidamente ...