quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Resoluções para 2013

Ainda perplexa e tocada por alguns dos últimos acontecimentos do mundo - retomada da violência brutal e diária no Oriente Médio, suspeitos de ajudar os judeus sendo arrastados no asfalto por seus compatriotas, fuzileiro naval morto em consequência de um acidente banal no dia de seu casamento, retomada da violência brutal e diária em São Paulo, etc, etc, etc), resolvi ontem que quero e preciso me tornar uma pessoa melhor.
Decidi que vou ler diariamente os posts de minha sobrinha e amiga Bernadete em http://spiritguidemessages.blogspot.com.br/ e tentar repelir pensamentos ruins que só me autodepreciam e me colocam pra baixo.
Preciso desesperadamente acreditar que existe alguma ordem nesse caos ou então me entregar ao caos com menos sofrimento já que pouco - ou nada - posso fazer para evitá-lo.
Recebi uma imagem muito interessante há alguns dias através do Facebook de uma prima (Nayde).
 
Por essa imagem, percebi que muitos dos problemas de saúde que venho enfrentando podem ter origem na falta de energização de alguns chacras, principalmente os que estão marcados na imagem com os números 6, 5, 3, 2 e 1.
Diante disso, resolvi buscar novamente a ajuda de minha acupunturista, dra Satico, que muito me ajudou numa fase dificílima da minha vida, em 2007. Ela é muito requisitada e, como abri mão do meu horário, não estava conseguindo mais me encaixar em sua agenda. Até tentei fazer acupuntura com outra médica que a Satico recomendou, mas não fiquei satisfeita. Hoje, de manhã, falei com sua secretária e ela já me ligou de volta dizendo para eu telefonar novamente no início de janeiro para agendarmos um horário. Fiquei muito feliz.
Resolvi também que, embora meu lado racional não bote fé, vou investir mais no Reiki.  Encontrei um site maravilhoso através do blog citado acima: http://reiki.conhecendo.com.br/ Ontem à noite, li boa parte do conteúdo e achei que vale a pena fazer o "meu" Reiki com mais seriedade e assiduidade. Quem sabe até não me aventuro a aplicar em outras pessoas?
Não sei se por coincidência, dormi maravilhosamente bem esta noite e sonhei que tinha uma praia na esquina da rua onde morava no Rio de Janeiro (a Barão do Flamengo) com a Rua do Catete. O sonho foi tão real que acordei com a sensação de que realmente era verdadeiro. Esse terreno fica nos fundos de nossa primeira moradia no Rio, o apartamento da rua Almirante Tamandaré. Na época, eu brincava muito na varanda e adorava ver o asilo de velhas que existia no terreno, que, mais tarde, foi ocupado por um posto de gasolina.
As velhinhas andavam pelo quintal em meio aos gatos. Para aonde elas foram depois que o asilo foi desativado?
Hoje, o posto de gasolina também não funciona mais ali, mas de qualquer maneira ali nunca houve uma praia ou uma piscina. Na verdade, o "mar", ou melhor, a Praia do Flamengo, que se formou na Baía de Guanabara, fica do outro lado, mas no meu sonho tudo estava misturado no terreno da esquina, que tanto povoou minha imaginação.
O ano de 2012 ainda não terminou, mas já tenho algumas decisões para 2013.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

As pequenas grandes tragédias cotidianas

Thássya (mãe do menino Ryan), Luiz Alves (avô) e Lauro (pai) lideram passeata no bairro Dom Aquino
 
Nos últimos dias ocorreram fatos graves em Cuiabá, com rosto, nome e sobrenome. No primeiro, o pedreiro Geanderson Xavier, de 25 anos, matou a ex-companheira e o filho deles a tiros. Preso, alegou que não era sua intenção matar a criança. E quanto à mãe? Eles discutiam o pagamento de uma pensão alimentícia. Já havia ocorrido casos de violência por parte do pai, mesmo assim não se evitou a tragédia.
No outro caso, ainda mais dramático, o rapaz, o técnico de informática Carlos Henrique Costa Carvalho, de 25 anos, que também está preso, matou a sogra a facadas, botou fogo nela e pegou o enteado de quatro anos, que atirou no rio Cuiabá, sem chance de defesa para a vítima.
Considero esse caso ainda mais dramático porque o assassino teve tempo de refletir enquanto se deslocava com a criança nos braços entre o bairro Dom Aquino, onde morava a mãe da criança (que estava trabalhando quando tudo aconteceu) e o rio Cuiabá.
Não sei precisar quanto ele andou, mas foram pelo menos algumas quadras. Será que ninguém viu esse homem levando essa criança à força? Por que ninguém fez nada para impedi-lo? Segundo o noticiário, alguns pescadores viram quando o assassino jogou o menino no rio e tentaram salvá-lo, mas a criança já foi encontrada morta.
Parece muita tragédia? Mas ainda tem mais: a moça, que perdeu filho e mãe, está grávida do sujeito.
Esses casos talvez pareçam sem tanta importância diante da enxurrada de mortes e violência em São Paulo, Santa Catarina e outras cidades brasileiras. Que país é este onde o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diz que as prisões medievais e, como Pilatos, lava as mãos diante dessa constatação?
Como eu disse no início, os dois assassinos estão presos.  Carlos Henrique, que matou a sofra e o enteado, recusa-se a falar (diz que só falará em juízo) e está em cela especial (até onde sei) porque os presos o agrediram. Como sempre se diz, preso também tem sua ética e alguns crimes são considerados bárbaros demais até para eles.
A esse rol de tragédias familiares, acrescenta-se o caso de quatro ou cinco crianças que eram abusados por um idoso de 85 anos com a conivência e incentivo de seus pais. Num dos jornais que li, dizia-se que os pais eram viciados em crack e mandavam os filhos para a casa do vizinho em troca de comida. Mas o relato do Conselho Tutelar, que chegou à família graças a uma denúncia anônima, diz que as crianças também eram espancadas pelo padrasto/pai (as três ou quatro maiores não são filhas dele).
Não sei o que dizer sobre tudo isso. Só sei que a vida está ficando por demais banal e existe muito desamor no mundo.  E irresponsabilidade, de pais, famílias, autoridades.
Desculpe se estou num dia pessimista. A vida continua, daqui a pouco vou me encontrar com amigas queridas que não vejo há algum tempo num chá de fraldas de um bebê que está a caminho. O mínimo que podemos fazer é amar e ser leal a nossos amigos, às pessoas que nos amam e nos protegem nesse mundo. E torcer para que esse amor transborde e seja suficiente para nos dar força para não odiar e condenar quem faz o mal, principalmente a uma criança. mas é fundamental que essas pessoas sejam punidas, ainda que seja nas prisões medievais deste nosso país.
Mais uma coisa: mulheres, não aceitem a violência doméstica! Por trás de um agressor, pode estar um assassino e a vítima pode não ser vocês e sim as pessoas mais indefesas a quem vocês deveriam proteger.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Até que a morte nos separe




Já mencionei várias vezes a yoga neste blog, mas nunca dediquei - que me lembre - um post inteiro ao assunto.
Acredito sinceramente que o mundo poderia ser bem melhor se todos praticassem yoga - essa prática milenar.
Não é minha intenção aqui contar sobre a origem da yoga, etc. Para conhecer mais, basta pesquisar na internet. Quero falar sobre minha experiência pessoal.
Conheci a yoga quando tinha 16/17 anos e nem sei o que me levou às aulas no clube Fluminense, no bairro carioca de Laranjeiras. Eu me lembro bem da professora, embora tenha esquecido seu nome.
Não fiquei muito tempo lá e logo estava praticando na academia do De Rose, então uma sala relativamente pequena num shopping comercial de Copacabana. Como era gostoso! Além de ter um clima mais intimista e indiano (incenso, músicas. etc), a academia tinha frequentadores mais alternativos, como um namoradinho (Johnny) que conheci na época. Eu me lembro da sensação boa de sair da aula, comprar um pão macrobiótico no prédio e ir comendo no ônibus até chegar em casa.
O ano seguinte foi o do vestibular e acabei tolamente me afastando da yoga. Passei anos afastada da prática até que em 2008 descobri uma professora de yoga, Moara, em Cuiabá. Pratiquei praticamente um ano com ela e redescobri o prazer das posturas e dos exercícios respiratórios. Parei novamente por motivos que não vem ao caso e, por incrivel que pareça, senti falta da prática, que retomei em outro espaço, com os professores Viviane e Juliano, que hoje mantém uma academia em Campo Grande (MS).
Como eram especialmente prazerosas essas aulas! Houve dias em que eu chorava sem parar durante a prática, externando as emoções que inundavam meu interior. Foi muito bom esse período até que mudanças de trabalho e o trânsito cada vez pior de Cuiabá me obrigaram a mais uma mudança.
Hoje frequento a academia Golfinho Azul, onde nado, faço esteira, aulas de hidrobike eventualmente e aprendi a praticar yoga com a professora Natália. No início, estranhei um pouco o ambiente, bem menos acolhedor do que o da academia de Viviane e Juliano. Mas, aos poucos, fui me habituando ao jeito de Natália e aos ruídos exteriores, que no final já me incomodam tanto.
Procuro praticar duas vezes por semana e confesso que estou meio viciada. É bom demais! Ainda sinto falta de uma ênfase maior nas respirações (os famoso pranayanas), mas, em compensação, temos sempre a oportunidade para praticar as posturas (ásanas) invertidas sobre a cabeça.
É aí que quero chegar: sempre tive o sonho de conseguir fazer a invertida (sirshasana). Morro de modo de cair, quebrar o pescoço e morrer.  Acho que quando eu era pequena alguém não me deixava dar cambalhotas e fiquei com essa paranoia de que meu pescoço pode se quebrar como o de um passarinho ou de uma galinha. Com seu jeitinho prático, Natália foi me convencendo que esse risco não existe. A gente pode cair sem se machucar.
Estou quase chegando lá. É bem verdade que ainda não consigo fazer a postura clássica com os dois braços no chão. Prefiro a alternativa da postura do elefantinho (foto acima). Na semana passada, percebi que já conseguia manter os joelhos levantados sem apoiá-los nos braços e na aula de ontem ousei levantar as duas pernas de uma vez. É claro que não fiquei muito tempo na postura: apenas alguns segundos que me pareceram uma eternidade, mas não cai para frente. Depois tentei de novo e caí para a frente, sem problema algum.
Coincidência ou não, ontem tive um dia bem interessante, que começou com a aula de yoga às 7h e terminou por volta de 3 h da madrugada. Trabalhei, fui a uma consulta médica e depois fui ao encontro de um grupo que se reúne às quintas-feiras para cantar. Foi muito bom! Cantei até.  Ainda cheguei em casa e tive energia para terminar um livro. Aliás, qualquer hora vou falar mais sobre esse, ou melhor, esses livros.
Enfim, a yoga é maravilhosa: ajuda na postura, a controlar a ansiedade, a manter o foco. Acredito que ela me ajuda bastante a tocar a vida com uma certa serenidade e saúde. Nessa altura do campeonato, não pretendo abandoná-la por nada nesse mundo.


Ainda chego lá ... Será???