segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Lembranças de parques e árvores

Os parques de Brisbane e de outras cidades que visitei durante minha temporada na Austrália são um capítulo à parte. 
No meu primeiro em Brisbane eu me apaixonei por New Farm Park - um parque situado a oito ou 10 quarteirões do prédio onde minha filha Diana mora. 

Situado às margens do rio Brisbane, New Farm Park é um lugar inesquecível por suas árvores, especialmente os flamboyants, cujo nome em inglês aprendi: Poinciana Tree. Tenho uma longa história de amor com os flamboyants, iniciada na infância em Corumbá. Quando vi os primeiros flamboyants no New Farm Park e nas ruas adjacentes eu me senti em casa.

Foi em New Farm Park que celebramos a véspera do Natal, num coreto, onde a ceia era composta por comidinhas diversas que cada grupo de convidados levou. 

Foi nesse parque que passeei com um amigo australiano, que me apresentou às diferentes rosas do jardim - cada uma com seu perfume peculiar.

Foi lá também que acompanhei a aula de boot camp de minha filha Diana. E durante um passeio, num sábado de manhã, descobri uma feirinha, onde provei um milho que me foi ofertado por um feirante muito charmoso. 
Esse era o parque da vizinhança, mas conheci também em Brisbane o Jardim Botânico durante uma caminhada no final da tarde onde abracei uma árvore, de tão linda que era (vou ficar devendo a foto, que está no celular de Diana; assim que ela me mandar eu publico).
No meu último dia em Brisbane, conheci Roma Parkland, onde me encantei com jardins floridos e os cuidados com que os parques são tratados.


Apesar da iminente despedida de minha filha, acredito que minha felicidade está estampada no meu rosto. 


Em várias cidades que visitamos, como Gold Coast e Noosa Heads (Sunshine Coast), conhecemos parques lindos junto às praias. Fizemos um passeio em Noosa Heads que foi simplesmente incrível! 
Caminhando por uma trilha à beira-mar, tínhamos de um lado a beleza estonteante do Pacífico e do outro a floresta. E o mais incrível é que todos esses parques têm uma estrutura fantástica, com banheiros limpos (e com papel higiênico), chuveiros, bebedouros e alguns com churrasqueiras para piquenique.
Já ia me esquecendo de citar outro parque que conheci: Walkabout Creek, em Brisbane, onde nadamos numa represa, repleta de pessoas de todas as idades.

É impossível não se apaixonar!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Aventuras em Joanesburgo

Este post é uma continuação do anterior, narrando (com detalhes) minhas peripécias na viagem de volta da Austrália, que demorou bem mais do que o esperado - e olha que o esperado já era muita coisa.
Mais do que alertar pessoas que eventualmente queiram fazer o caminho entre o Brasil e a Austrália, quero mostrar que, no final das contas, tudo vale a pena "quando a alma não é pequena" (como diz o poeta Fernando Pessoa).
Quando chegamos ao Aeroporto Internacional Oliver Tambo (passei muitas horas lá, por isso ele será para sempre inesquecível), ainda tínhamos a esperança de embarcar direto para São Paulo e eu me esforçava para afastar os pensamentos negativos. 
Ou nosso pensamento (meu e de uma galera que estava no mesmo voo) não foi suficientemente forte ou não há pensamento positivo que resista à lógica das companhias aéreas. O único voo da South African Airways (SAA) de Joanesburgo para São Paulo tinha saído às 11h15 e chegamos na África do Sul por volta de 21h.  Passamos pela imigração e presenciamos uma cena tensa: um senhor dizia em alto tom e de forma veemente para o funcionário "Você não pode fazer isso comigo!". Não sei exatamente o que aconteceu com ele, mas uma das pessoas do meu grupo acredita que ele seria deportado.
Fomos levados a um balcão da SAA onde uma funcionária seca só nos informou o nome do hotel onde dormiríamos (da rede Southern Sun) e onde deveríamos pegar o transfer. Confesso que nesse momento baqueei. Me bateram um cansaço e um desânimo imenso. A sorte é que já formávamos um grupo coeso de brasileiros-oriundos da Austrália-tentando chegar ao Brasil. 
Pegamos nossas malas novamente (eu só tinha uma pequena de mão e uma grande, mas havia gente com muitas malas enormes) e encontramos o transfer do lado de fora. Perguntei ao motorista se o hotel era longe e ele respondeu que sim, mas logo percebi um risinho e desconfiei que o sul-africano estava brincando comigo. 
O hotel ficava bem próximo do aeroporto. Por um lado foi bom porque estávamos exaustos e tínhamos que pegar o transfer de volta às 8h do dia seguinte; por outro, foi ruim porque nada conheci de Joanesburgo a não ser o aeroporto e o hotel.
Quando chegamos ao hotel, um funcionário muito antipático nos fez ficar uns 40 minutos na fila porque não havia apartamentos disponíveis em quantidade suficiente para todo o grupo. Uma vez resolvido esse problema, fomos encaminhados para nossos apartamentos. Pelo menos, o nosso grupo mais próximo (eu, Ana Paula, Camila, Felipe e Ruth) ficou no mesmo andar.
Mais esperta, pedi um adaptador e outro funcionário me explicou que poderia carregar meu celular na TV (demorei a encontrar o local, mas consegui). Também conseguimos senha para o wi-fi gratuito e combinamos de nos encontrar imediatamente para jantar.
Detalhe: o funcionário da recepção respondeu mal-humorado quando Camila perguntou até que horas era servido o jantar.
- Isso aqui é um hotel - disse.
Quando chegamos para jantar, havia poucas opções de comida. Perguntamos se haveria mais peixe e alguém respondeu que não. Enfim, comemos o que deu para comer e fomos dormir.
No dia seguinte, para nossa surpresa, o café da manhã foi maravilhoso. Farto, gostoso e, ainda por cima, gratuito. Na verdade, o sistema em Joanesburgo foi diferente: nós tínhamos direito à hospedagem, jantar e café da manhã e não a uma quantia X de dinheiro.

Antes das 8h fizemos o check-out e esperamos o transfer para o aeroporto. O check-in foi rápido e nossa alegria diante da ida iminente para São Paulo foi imensa. Além disso, tínhamos praticamente duas horas para passear pelo Aeroporto Oliver Tambo, com suas lojas incrivelmente atrativas. Fiquei maravilhada com a variedade e a beleza das bijuterias nas lojas, mas era preciso converter a moeda local (rand) para dólares norte-americanos (trouxe US$ 50 comigo por garantia).

Aos poucos, fui me cansando e só comprei algumas peças mais baratas (brincos e uma pulseira). Preferi me sentar com outras pessoas do grupo brasileiro e fiquei ouvindo histórias sobre suas experiências na Austrália. Estava cansada demais até para abrir a boca.
A viagem para São Paulo foi muito tranquila. Viajei ao lado de uma carioca que estava vindo de uma viagem na África do Sul e não tinha compartilhado nossas aventuras. Assisti a três filmes (não consegui terminar de ver o último - um filme espanhol incrível e inquietante, cujo nome não sei, infelizmente). Dormi um pouco, comi tudo que me foi oferecido (ou melhor, me esforcei para comer já que a comida estava horrível). Tomei uma garrafinha de vinho para tentar relaxar.
Quando chegamos a São Paulo, meu pensamento era um só: tentar falar com Carol, minha colega de trabalho, a quem pedi para tentar resolver o problema de minha passagem de Cuiabá para São Paulo, que não fazia parte do pacote SAA.  Sem bateria no celular, o jeito foi apelar para o velho telefone público (bendito seja!) até atravessar a imigração. 
Meu voo para Cuiabá saiu às 23h35 de São Paulo e encarei mais seis horas de aeroporto. Empurrei carrinho até o check-in doméstico da Gol, comi, carreguei o celular, falei ou troquei mensagens via whatsapp com algumas pessoas da família e me neguei a conversar com unas cinco pessoas que vieram me oferecer um livro de auto-ajuda sob o argumento de que aquilo os ajudaria a pagar a faculdade.  
Assim que entrei no voo para Cuiabá, desmaiei de sono, mas fui acordada por uma moça que estava do meu lado que, apavorada, me disse que estava tudo escuro lá fora e que sua irmã tinha lhe enviado mensagem dizendo que as luzes do aeroporto de Várzea Grande estavam apagadas. Apesar da minha letargia, sugeri a ela que conversasse com a comissária. Achei que já estávamos voando e que, portanto, era natural não ver luzes, mas vai que ainda estávamos no chão. Ou então, tivemos que voltar por conta de algum temporal ou imprevisto no aeroporto de Mato Grosso. Já estava me imaginando dormindo num hotel de Guarulhos.
Ela chamou a comissária e esta lhe explicou pacientemente que era normal as luzes não serem vistas quando o avião estava no ar, à noite. Disse que estava tudo bem e que já estávamos quase chegando ao nosso destino. Tive que me conter para não rir.
Cheguei em casa por volta de uma hora da madrugada. Fiquei feliz de encontrar meu apê, minha caminha, limpinhos e perfumados à minha espera, mas custei a pegar no sonho. No dia seguinte, tinha trabalho àx 7h30. Quem disse que acordei? Ainda sofro com os efeitos do jet lag.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O tal do jet lag ...

Há uma semana retornei a Cuiabá e desde então estou ensaiando escrever sobre minha recente viagem à Austrália, repetindo o que fiz há três anos, após breve viagem à Europa (Holanda, Alemanha e República Tcheca). É uma forma de registrar os acontecimentos mais marcantes da viagem e compartilhar minha experiência com quem estiver a fim.
O tal do jet lag, entretanto, me pegou de jeito. Todo mundo me falou que é normal e, segundo pessoas que fizeram viagens equivalentes, leva-se de três a sete dias para readaptar seu organismo ao novo fuso horário. Sabe o que é estar exausto e não conseguir dormir? Acordar de madrugada e não conseguir fechar mais os olhos, vendo o relógio se aproximar da hora de levantar para o trabalho? Pessoas que sofrem com insônia conhecem bem esses sintomas, mas não é o meu caso, felizmente.
Fiquei praticamente um mês indo para a cama no horário em que costumo acordar no Brasil, sendo que a diferença de fuso entre a região da Austrália que visitei e Cuiabá é de 13 horas.
Na ida, os meus voos mais longos foram no período noturno e, como cheguei a Brisbane, por volta de 23h30, o cansaço da viagem permitiu que eu dormisse, apesar da excitação do reencontro com minha filha Diana. 
Acordei cedo no primeiro dia, cansada, porém, excitadíssima com tudo que o dia me oferecia: passeio à City, almoço num restaurante grego no riverside  (em companhia de Bárbara, amiga de Diana) e uma caminhada até New Farm Park no final do dia, com direito a uma aula de Boot Camp com um professor neozelandês. Obviamente, abandonei a aula na quarta sequência de exercícios, com medo de ter uma lesão ou um ataque de coração no meu primeiro dia na Austrália. 

Esqueci de contar que tive a grande sorte de ter um upgrade no voo de São Paulo para Joanesburgo pela South African Airways (SAA): viajei na primeira classe. Foi um sonho: dormi divinamente numa poltrona que se transformava numa cama perfeita. E ainda tive o prazer de conhecer uma família brasileira no banheiro do aeroporto em Joanesburgo.  As três pessoas (mãe, filha e namorado da mãe) estavam viajando para Perth e a companhia delas amenizou bastante as horas de espera (cerca de 7h) no aeroporto O.R. Tambo, em Joanesburgo.

Mas a volta foi longa e complicada. Saí de Brisbane no final da tarde de uma segunda-feira (16 de janeiro), com a previsão de reaver minha mala somente no Aeroporto de Guarulhos, onde chegaria por volta de 17h do dia 17 (que já seriam 5 de madrugada do dia 18 na Austrália).
Ao chegarmos no aeroporto de Perth, depois de seis horas de voo e uma diferença de duas horas no fuso horário, fomos informados ainda dentro da aeronave da Virgin Airlines (parceira da SAA) de que teríamos que pegar nossa mala e nos apresentar no balcão da SAA. Achei estranho, mas não imaginava o que estava por acontecer. Até então não tinha encontrado brasileiros no voo e viajei entre um asiático e uma moça com traços maoris (população nativa da Nova Zelândia) com um bebê no colo. Nenhum dos dois demonstrou disposição para conversa.
Na fila do check-in conheci um jovem casal brasileiro, que retornava ao Brasil depois de um ano em Gold Coast, na Austrália. Ana e Gabriel me contaram que nosso voo para Joanesburgo, que deveria partir por volta de 23h, tinha sido cancelado por "problemas mecânicos".
Ali começou nosso calvário: depois de aproximadamente duas horas, em que enfrentamos a fila do check-in em meio a rumores de que tinha gente que já estava aguardando o voo para Joanesburgo desde a noite anterior (essas informações foram confirmadas), pegamos um transfer (um ônibus que parecia aqueles usados em transporte escolar) para o hotel onde passaríamos à noite.
A informação da SAA era de que teríamos um transfer de retorno ao Aeroporto de Perth a partir de 10h da manhã. Também fomos informados de que cada passageiro teria 50 dólares australianos para despesas no hotel. Na hora, me pareceu uma fortuna. 
No hotel Pan Pacific, após fazer o check-in com um funcionário indiano, fui encaminhada ao meu apartamento - confortável, bem no estilo executivo em trânsito. Fiquei morrendo de medo de perder a hora no dia seguinte já que meu celular estava totalmente apagado. No meu aparvalhamento causado pelo transtorno do cancelamento, nem me lembrei de pedir um adaptador para o meu carregador. Consegui pedir à moça do room service que me acordasse às 8h e depois também consegui programar o rádio-relógio. Já tive um em casa, mas quem garante que a programação vai funcionar? 


Depois de um bom banho e uma pizza marguerita no quarto, tentei dormir,  mas estava muito tensa, tentando imaginar as consequências do cancelamento do voo. 
Acordei por volta de 6h e não consegui dormir mais. Aproveitei para tomar um banho caprichado e me lembrei de solicitar um adaptador (ou um carregador) à telefonista. Deixei o celular carregando e desci para tomar café. Ainda bem que tive a ideia de ver com a moça da recepção qual era o meu saldo quando percebi que o café da manhã era pago. Para minha decepção, só tinha 15 dólares de saldo (a pizza custou 25, paguei mais 5 de serviço de quarto e 5 pela água mineral - eu me esqueci de que estava na Austrália e poderia beber água da torneira). Por sorte os funcionários do hotel eram todos muito simpáticos. 
O rapaz que recebia os hóspedes para o breakfast foi muito gentil quando perguntei o que poderia comer com 15 dólares. Ele me mostrou algumas opções do menu (o café completo custava 27 ou 37 dólares, não me recordo) e optei por uma que me permitia comer vários tipos de pães (com direito a manteiga, geleia), porém não incluía o café. O moço disse que me daria o café de brinde. 
Depois desse café da manhã meio tenso em que procurei em vão por caras conhecidas, subi ao meu quarto e finalmente consegui me comunicar com minha filha Marina, no Brasil. Pedi ajuda a ela para cancelar o hotel que tinha reservado para pernoite em Guarulhos no dia 17. Quando já estava quase descendo, Ana - a paulista que conheci na véspera - me ligou, atendendo a um pedido feito na noite anterior. Com medo de perder a hora e ficar esquecida em Perth, pedi a ela para me ligar caso não me visse na recepção do hotel de manhã.
Quando desci, o casal já tinha pego o transfer, mas logo conheci outros brasileiros que também esperavam um lugar no pequeno ônibus junto com vários estrangeiros, todos passageiros do voo cancelado. Foram várias viagens até o aeroporto. Eu estava muito ansiosa para saber se conseguiríamos pegar o voo para a África do Sul e, no percurso até o aeroporto, conversei com uma sul-africana muito simpática, que tinha ido visitar o filho (ou a filha) na Austrália. Como a invejei por estar tão perto de casa, já que eu ainda teria que enfrentar o voo até São Paulo e depois mais um voo até Cuiabá! No caminho, foi possível ver como Perth é uma cidade bonita.

No aeroporto de Perth, sem exagero, cerca de três horas na fila do check-in. Todo mundo junto: vários idosos, uma senhora de cadeira de rodas, um senhor com problemas visíveis de locomoção, crianças de todas as idades ... 
Mas conseguimos nosso cartão para embarcar num voo que saiu por volta de 15h de Perth. Uma vez dentro da aeronave, tive o prazer de descobrir que Ana Paula, a amiga que fiz no hotel pela manhã, estava no banco da frente. Conversamos sobre a possibilidade de pedirmos para meu companheiro de assento trocar de lugar com ela, mas ficamos com vergonha de pedir. O homem era brasileiro (não parecia) e se ofereceu para trocar de lugar com Ana Paula. Ficamos tão felizes! Conversamos por cerca de três horas (quando cada uma contou boa parte de sua vida) e iniciamos o longo voo (de 10 horas) até Joanesburgo, que foi muito tranquilo e agradável. 
Chegando a Joanesburgo ... Vamos deixar esse capítulo para um segundo post. 

domingo, 8 de janeiro de 2017

Domingo no parque

Domingo em Brisbane é especial. Estou há três semanas aqui, mas este foi verdadeiramente o meu primeiro domingo em Brisbane, já que no primeiro (25 de dezembro) ficamos em casa comemorando o Natal e no outro estava em Mooloolaba (a alguns quilômetros de Brisbane).
Por volta de 13h30 seguimos de ônibus para South Bank. Detalhe: o cartão da minha filha estava sem crédito (ela não sabia) e o motorista permitiu que fôssemos de graça.
Como descrever South Bank? É uma imensa área de lazer com piscinas públicas, áreas verdes, bares, lanchonetes e restaurantes, às margens de Brisbane River.





Não vi um policial em todo meu passeio, mas prevalece ali uma sensação de segurança. Enquanto tirávamos fotos, minha filha deixou sua bolsa e as cervejas que tínhamos comprado num banco. Dá para acreditar?
Seguimos andando e curtindo as pessoas com quem cruzávamos no caminho. Gente de bicicleta, a pé, famílias enormes passeando, tirando fotos. Chineses, indianos, brasileiros (em geral, casais ou um pequeno grupo de amigos) e australianos, é claro.

A gente se sentou numa área onde estava rolando uma música ao vivo. O som não estava muito alto, mas me encantei ao ouvir uma música de que gosto muito "Enchanted boy" - que conheci através da gravação de Caetano Veloso, mas soube que é uma das músicas mais gravadas do mundo.
Após tomarmos nossas cervejas, decidimos (minha filha Diana, Rogério, seu amigo brasileiro e eu) ir a um bar, onde também estava tocando música ao vivo. O bar estava cheio e, como a maioria dos lugares aos quais fomos até agora, é preciso pagar e pedir o se quer comer e beber. Os garçons apenas retiram as coisas da mesa depois que você comeu e bebeu.

O tempo estava ensolarado, mas agradável na sombra.
Muitas opções de lazer para crianças e adultos de graça. Saímos de lá por volta das 19h e me senti tentada a andar na imensa roda-gigante (20 dólares australianos por 10 minutos de passeio), mas fiquei com medo de não me sentir bem depois de tanta cerveja.



Atravessamos uma ponte a pé e entramos no cassino. Só para conhecer. Muitas pessoas jogando num espaço que lembra aqueles filmes passados em Las Vegas. Muitos asiáticos. O cassino é um espaço luxuoso, com música ao vivo. Coincidentemente, o cantor estava cantando uma música fofa, cujo nome não sei, mas que deve ser muito popular, porque foi interpretada por dois meninos que vimos tocando na rua em Mooloolaba. Mas decididamente jogar a dinheiro não é nossa praia ... Ganhamos 0,25 centavos numa máquina caça-níqueis e seguimos para casa.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Miscelânea

Tenho tanto a contar sobre minha temporada na Austrália! Quando voltar ao Brasil pretendo descrever com mais detalhes minhas andanças por aqui. Por enquanto, só quero aproveitar o notebook de um dos "mates" de minha filha Diana (obrigada, Diego!) para registrar um pouco das emoções dos últimos dias. Vício de quem gosta de escrever.
Estou cada dia mais apaixonada por Brisbane. 
Após o Natal, comemorado em casa com uma ceia brasileira/britânica, passamos alguns dias passeando por praias não muito distantes. Fomos a Byron Bay, uma cidadezinha charmosa que me lembrou um pouco Búzios por seu ar pitoresco, charmoso e, ao mesmo tempo, meio overcrowded. Em outras palavras, superlotada. Tinha engarrafamento na véspera do Ano Novo! As praias são simplesmente deslumbrantes.

Depois de Byron Bay, conhecemos Coolangatta - outra praia, onde passamos uma tarde depois de uma noite num hostel em Nimbi, que merece um post à parte. Não fiquei especialmente encantada com Coolangatta, embora seja um lugar bonito com belas praias. 
Após uma noite em Brisbane, partimos em direção a Sunshine Coast (ao Norte de Brisbane), onde conhecemos várias cidades e lugares: Noosa, Mooloolaba, Marrochydore, Brisbie Island e Redcliff. Muitos mergulhos, muitos deslumbramentos ... 

O melhor de tudo foi a caminhada em Noosa numa trilha que mesclava a beleza de um parque com o magnífico azul do mar, com direito a algumas praias pelo caminho. Inesquecível! 

Ano Novo em Mooloolaba num hostel não muito agradável. Muito barulhento e um pouco sujo, mas pelo menos tivemos sorte de ter um quarto só para nós três (Diana, o namorado e eu), já que a cama de cima do meu beliche permaneceu desocupada.

De volta a Brisbane, eu me senti em casa. Home sweet home. Logo depois de nossa chegada, um temporal desabou e o dia seguinte foi de tempo nublado e fresco - um alívio depois de vários dias de sol inclemente. 
Nos últimos dias, curti muito minha filha, principal razão de minha viagem. Fomos ao cinema (assistimos ao musical "La la Land" e ao desenho animado "Sing", ambos maravilhosos), cuidamos das roupas e outros afazeres domésticos. Assistimos a dois filmes em casa.

Fizemos algumas compras na City (o Centro de Brisbane) e hoje tivemos um dia perfeito: fomos a uma livraria onde todos os livros custavam 6 dólares (deu vontade de comprar um monte, mas só comprei um para mim). 

Visitamos museus em South Bank (o museu da Ciência, de Arte Contemporânea e de Arte Moderna). Nos divertimos muito nesse último. Vimos muita gente passeando. Até parece que todo mundo também está curtindo férias. 



Corremos para o cinema em South Bank, com direito a um saco de pipoca enorme e meia-entrada por ter 60 anos, depois acabamos almoçando/jantando num restaurante grego em South Bank.
Andamos de trem (na ida) e voltamos de ferry (na volta). Tivemos que caminhar um pouco até chegar em casa e acabei vendo as primeiras baratas nas ruas de Brisbane (meu grande temor). Diana morreu de rir das minhas corridas e pulos, e tentou em vão me convencer de que sou maior e mais forte do que elas (as baratas). Sugeriu que eu inclua isso nos meus propósitos para 2017: vencer meu medo de baratas. Será que consigo?