Hoje, no horário do almoço, conversei por acaso com um senhor que veio para Cuiabá no início dos anos 70 como militar e participou da instalação do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9º BEC). Ele me contou coisas muito interessantes: falou sobre como era a capital de Mato Grosso naquela época (eram apenas três edifícios), onde foram as primeiras instalações do batalhão (o antigo Arsenal da Guerra, hoje Sesc Arsenal) e sobre algumas cidades que surgiram em torno dos acampamentos da turma que construía a BR-163.
Eu já sabia que cidades como Lucas do Rio Verde e Sinop, no médio-norte do estado, tinham surgido juntamente com a construção da rodovia, mas achei interessante ouvir isso de uma testemunha ocular da história (dá-lhe Repórter Esso!)
É interessante como a visão que a gente tem do Exército muda quando a gente vem para o interior do país. Cresci numa época em que Exército, Marinha e Aeronáutica eram sinônimos de repressão, opressão, violência - os chamados anos de chumbo, da ditadura militar. Todo militar, para mim, era um cara rígido, bitolado, do mal.
Com o passar dos anos e à medida em que a história do Brasil vai sendo escrita, a gente percebe que as coisas são bem mais complexas e que há pessoas boas e más, bem ou mal intencionadas, no meio civil e militar.
Eu não gosto daquela coisa do "Sim, senhor", "Não, senhor", de nada que é imposto goela abaixo, sem lógica e qualquer chance de discussão. Sei que a disciplina é importante, mas detesto a violência seja de direita ou de esquerda.
Eu não gosto daquela coisa do "Sim, senhor", "Não, senhor", de nada que é imposto goela abaixo, sem lógica e qualquer chance de discussão. Sei que a disciplina é importante, mas detesto a violência seja de direita ou de esquerda.
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