Há momentos na vida que são extremamente delicados. Há quem diga que é nesses momentos que a gente cresce, se fortalece e se redescobre. Nesses momentos, tudo - uma música, uma palavra, um gesto - ganha significados maiores. Tudo fica intenso, como agora.
Estou aqui no lobby de um hotel maravilhoso e altamente surreal. Como já disse no post anterior, parece que estou fora do Brasil. Olho pela janela e imagino que além das árvores e edificações, está o mar da Bahia, do Caribe, de Miami ou de qualquer outra cidade onde há resorts. Mas, na verdade, o que há é uma rodovia e, mais ao longe, os prédios de Campinas.
Ouço uma gravação de Summertime, a bela canção dos irmãos George e Ira Gershwin composta para a ópera "Porgy and Bess" . É um blues, popularizado na interpretação de Janis Joplin, uma espécie de acalanto de uma mãe que diz ao filho: "Baby, don't cry!" (Filho, não chore!) "Child, the living's easy" (algo como "viver é fácil").
Quero acreditar nisso. Ou melhor, preciso acreditar nisso, que alguma coisa de melhor virá.
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