sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O exemplo

Juro que hoje comecei o dia de bom humor e com os melhores propósitos do mundo, mas a leitura das principais notícias do dia nos jornais e sites de Mato Grosso é suficiente para tirar qualquer um dos trilhos. 
Teria vários exemplos, mas vou me ater a uma notícia sobre um assunto já mencionado no blog: acabei de saber por meio do site rdnews.com.br que a justiça eleitoral entendeu que os candidatos podem voltar a fazer propaganda usando cavaletes nas rotatórias e canteiros das cidades de Mato Grosso, passando por cima da lei aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Cuiabá e seguida por outros municípios mato-grossenses.
Será que esses juízes dirigem seus  próprios carros e passam por essas rotatórias e canteiros em seus carros nos horários de pico? Acredito que não. 
Qual o sentido de deixar aqueles rostos sorridentes e plastificados que parecem zombar de nós, cidadãos comuns? Em que esse tipo de propaganda contribui para a chamada "festa" da democracia?
Olha, cada vez mais questiono se as eleições no modelo atual (onde o poder da grana é mais forte que tudo) contribuem realmente para mudar o cenário político brasileiro. 
Porém, ruim com elas, pior sem elas. 
Por isso vou continuar no meu esforço pessoal (e mental) para não me deixar abalar por cavaletes, bandeiras, congestionamentos, candidatos corruptos que têm seus mandatos cassados mas podem concorrer a um novo mandato. 
Por enquanto, só tenho certeza de um voto: para o candidato a Senado, Pedro Taques. 
Ontem, assistindo à primeira parte da propaganda eleitoral pela TV (depois desliguei o aparelho), achei tão bacana o projeto de saúde do Serra, que estava praticamente decidida a votar nele; em seguida, veio o programa da Dilma, também tão bonito, que até achei que ela não vai ser assim tão ruim para o Brasil ... 
Ou seja, a propaganda eleitoral só confunde o eleitor porque cada marqueteiro vai lançar mão de suas melhores técnicas para sensibilizar o eleitor. 
Eu mesma já entrei em cada canoa furada ... 
Para evitar tanta confusão sugiro a todos - candidatos, eleitores - que assistam a um filme incrível, "Invictus", dirigido por Clint Eastwood, e com Morgan Freeman no papel do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Exageros à parte, o filme apresenta a personalidade de Mandela, um dos poucos homens  (vivos) que admiro de fato. O mais bacana é ver sua inteligência, sua disposição para o trabalho, sua humanidade e  capacidade de perdoar. Com toda humildade, é isso que quero para mim.

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