Foto Edson Rodrigues/Secom-MT |
Ontem teve um incêndio horrível em Marcelândia (700 km ao Norte da capital). Os jornais e sites falam em aproximadamente 100 casas e 15 madeireiras queimadas. O fogo teria começado numa pastagem e sido levado pelo vento até a área industrial da cidade, causando pânico na população e deixando um rastro de destruição. (Retificação: segundo o site SóNotícias, o fogo teria começado no lixão da cidade).
Não conheço Marcelândia, mas é um município de história triste, que vem sendo detonado em todas as operações do governo federal de combate à extração ilegal da madeira. Soube que a administração municipal vinha se empenhando para tirar o município da lista de maiores desmatadores, mas não posso informar sobre as ações realizadas porque, como já disse, não estive lá, infelizmente.
Isso não impede que eu me sensibilize com as notícias e me compadeça das pessoas, principalmente dos idosos e crianças afetados pela fumaça e fuligem do fogo.
Cuiabá, hoje, também está horrorosa! É impressionante como cresceu o número de focos de fogo no entorno e como o céu está "sujo" com a fumaça que vai asfixiando a cidade e nos deixando deprimidos diante do que vem pela frente. Afinal, o pico dessa situação costuma acontecer em setembro e, dificilmente, teremos chuva antes disso.
Hoje eu me lembrei de um funcionário da Secretaria de Meio Ambiente de Sinop (a 210 km de Marcelândia), que conheci em agosto do ano passado, durante reportagem na região. Ele era um dos mais entusiasmados com o esforço para evitar as queimadas no período da seca de 2009 e me contou que tinha horror ao fogo. Quando era menino, seu pai tinha perdido tudo (serraria, economias) num incêndio. Aquele episódio marcou a vida do rapaz, já que sua família nunca voltou a ter a situação financeira de antes.
Fico pensando em quantas histórias semelhantes não estão acontecendo em Marcelândia e outros municípios sob a pressão do fogo. São vidas marcadas a fogo. Até quando?
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