sexta-feira, 30 de julho de 2010

Poluição

Os meses de agosto, setembro e outubro são tradicionalmente os mais difíceis em Mato Grosso por causa da seca e do calor intenso, ao qual se juntam a poeira e a fumaça das queimadas.
Em setembro de 2007, a situação em Cuiabá e outros municípios (onde se queima bastante) ficou insuportável. Mesmo na capital, a gente mal via os prédios mais próximos por causa da cortina de fumaça e fuligem que tudo cobria, tornando o ar irrespirável, pesado e deprimente.
Nos últimos anos um grande esforço foi feito por parte das secretarias de Meio Ambiente (estadual e municipais) e da Defesa Civil para coibir as queimadas e amenizar o quadro no período da seca. Alguns municípios, como Sinop (a 470 km de Cuiabá), onde sempre se queimou muito, conseguiram reduzir drasticamente o número de focos de fogo. Estive lá (e em outros municípios do Médio-Norte mato-grossense) em agosto passado e o céu estava surpreendentemente azul e límpido.
Este ano, desde maio, os sinais de que a situação poderia ficar tão ruim quanto em 2007 vêm sendo dados pelos agentes responsáveis pelo controle do fogo. Eu mesma já fiz uma matéria a esse respeito na edição de junho da revista Produtor Rural, mas parece que a imbecilidade humana não tem limite e as pessoas continuam queimando. É bem verdade que há excesso de material combustível acumulado, o que aumenta o risco de fogo independentemente da decisão de queimar das pessoas, como alertou o major do Corpo de Bombeiros, Agnaldo Pereira de Souza, superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso.
De qualquer maneira a situação preocupa, ainda mais que este ano temos outros focos de poluição (visual e sonora) por causa das eleições de 3 de outubro. Vou ter que praticar muita yoga e talvez recorrer a outras técnicas de relaxamento para suportar o período que vem pela frente.

Nenhum comentário: