sábado, 17 de julho de 2010

Saudades ... do Pará

Acabei de chegar em casa e não resisti a atualizar meu blog.
Hoje tive um dia cheio. Conheci o Mercado Ver-o-Peso. É muito bacana! É grande e dividido por, digamos, temas. Tem uma parte só de barracas de açaí e peixe (o paraense come peixe frito com açaí), outra só de camarões, outra só de farinhas, outra só de castanhas, outra só de polpa de frutas, outra só de artesanato e assim por diante.
O ambiente é tenso (os donos das barracas nos alertam para a presença de ladrões) e divertido, ao mesmo tempo. A gente acaba comprando os artigos dos vendedores mais simpáticos. Tomei suco de graviola, comprei castanha de caju e do Pará, cheiro do Pará, farinha e tapioca, e acabei resolvendo seguir o costume da terra e comer peixe com açaí numa dessas barracas. Detestei! O peixe (pirarucu) estava muito salgado e confirmei que realmente não gosto de açaí. Mas o Sol (o fotógrafo) que gosta também não gostou. Segundo ele, o açaí de lá é diferente do açaí daqui. Mas foi agradável ver o prazer com que as pessoas comiam aquela estranha mistura. Ah, não provei pato no tucupi, nem tacacá, mas comi muito peixe, camarão e frutos do mar.
Andamos bastante, entramos no Museu do Índio, no mercado do peixe e curtimos aquela estranha mistura de sons, cheiros e sotaques. Tinha muito gringo no mercado. Reencontramos as duas espanholas e a brasileira que tínhamos conhecido na véspera e nos cumprimentamos como se fôssemos velhas conhecidas.
Depois corremos para conhecer o Forte do Presépio (linda a vista) e a Casa das Sete Janelas, que é maravilhosa. Lá tem um restaurante charmoso e eu perguntei ao garçon se era meio caro ou muito caro. Ele respondeu: "Caríssimo". Mas, se você tiver com grana vale a pena.
Depois disso corremos para devolver o carro e chegamos ao aeroporto três minutos antes da hora prevista, ou seja, em cima da hora. O voo atrasou bastante e fiquei conversando com uma paraense super legal que mora em Brasília e ela me contou sobre um passeio lindo que fez a uma praia na ilha de Icutijuba (acho que é isso). Chega-se lá de balsa e, segundo ela, lá não tem carro e o banho é ótimo.
Fiquei morrendo de vontade voltar ao Pará. Achei as pessoas muito simpáticas em geral. Agora continua forte a impressão de uma cidade de muitos contrastes: tem muito morador de rua, muita gente bem judiada (com cara de bêbado, largado), sem dentes ou com caquinhos de dentes. Mas realmente lá tem muitos pontos turísticos a serem visitados.
Ontem à noite fomos à Estação das Docas, um lugar muito bonito e bem sacado. Onde eram antigos armazéns foram construídos bares, restaurantes e lojas - um centro de lazer à beira da baía do Guajará. Parece que você está em Puerto Madero em Buenos Aires, mas tem hora que lembra a orla de Miami. O ambiente é climatizado e fica colado ao Mercado Ver-o-Peso, mas a maioria dos frequentadores é de classe média e alta.  Vale a pena conhecer os dois lugares. 
Estou feliz de estar de volta à minha casa (ainda mais que vou passar o dia com minha filha "jabuticabense" amanhã), mas confesso que já estou com saudades do Pará.
PS.  Assim que o Sol me passar as fotos, vou postar umas fotos minhas no Pará.

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