segunda-feira, 26 de julho de 2010

Por um Brasil mais eficiente.

Neste início de semana, a porção cigarra quer falar da festa do fim de semana; a porção formiga prefere falar de temas sérios. Será que dá para satisfazer as duas sem ser cansativa? 
Comecemos pela cigarra. Passei o fim de semana em Cáceres, uma cidade deliciosa para se passar fins de semana e/ou feriados quando se tem bons amigos por lá. Neste último já chegamos no meio da festa: um almoço maravilhoso, com direito a boi no rolete, numa fazenda muito bonita que pertence a um empresário do Rio de Janeiro, tem nome de praia famosa e está situada na localidade do Limão, às margens do rio Jauru. Após reencontros, abraços e beijos, alguma conversa para matar as saudades e alguns copos de chope ou cerveja para aliviar a sede, começa o "baile". Dança-se de tudo ao estilo festa em Cáceres, até "cumbia", um ritmo boliviano. Todos se divertem bastante; o sol já baixou, muitos já se retiraram e fazemos uma pausa para comer um "mexidão" do que sobrou do almoço. A roda de violão está boa, mas a turma mais jovem (e alguns mais velhos) quer ir para a Exposição Agropecuária e é hora de ir para casa, tomar banho e se arrumar para o segundo tempo. Eu não: ainda me restabelecendo de uma gripe forte, preferi ficar em casa, só conversando. No dia seguinte, mais comida, cerveja, conversa e diversão numa chácara à beira do rio Paraguai. Por volta de 7h30m da noite regressamos a Cuiabá. 
E a parte séria? Eu teria muitos assuntos a comentar, mas vou me ater ao evento do qual acabei de participar: o lançamento do Movimento Brasil Eficiente na Fiemt, em Cuiabá, com uma palestra do economista carioca Paulo Rabello de Castro. Quem quiser saber mais sobre o movimento pode ir ao site www.brasileficiente.org.br A proposta básica é fazer uma reforma tributária partindo do pressuposto de que o Brasil é um grande condomínio, onde todos pagam uma taxa de condomínio, porém os recursos arrecadados são mal gastos. 
O que mais me chamou atenção, fora aquela coisa de que trabalhamos quatro meses só para pagar impostos - que são mal utilizados - foi a constatação feita pelo palestrante de que no frigir dos ovos não faz muita diferença se Dilma, Serra ou Marina ganhar ou se o candidato a governador x ou y, já que pouco poderão fazer independentemente de suas boas intenções. Na avaliação do economista e consultor, o grande mérito do governo Lula foi fazer uma melhor distribuição do consumo (ou seja, tem mais gente das classes C e D gastando), porém não foi feita uma revolução nos investimentos. Se houver mais recursos para investimentos, vai se gerar mais empregos e será menor a necessidade dos programas tipo Bolsa Família, onde parte dos recursos retornam ao governo por meio dos impostos embutidos nos produtos comprados.
O Brasil precisa da reforma tributária e o país, segundo Rabello, é "ruim de reforma". A ideia é fazer com o Movimento Brasil Eficiente algo semelhante ao Projeto Ficha Limpa, com abaixo-assinado e um projeto de lei. Tomara que dê certo.

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