Diz o senso comum que se conselho fosse bom seria cobrado - a propósito, é mais ou menos isso que fazem os livros de autoajuda. Não sou dada a distribuir conselhos, porém às vezes fico tentada a fazê-lo quando vejo mães ou pais jovens se queixando dos filhos pequenos ou sem paciência com eles. Tenho vontade de dizer: "Sejam pacientes. Agora é quando eles mais precisam de nós e, dependendo de como os criamos, precisarão mais ou menos de nossa ajuda no futuro".
A gente não nasce sabendo, nem tem bola de cristal, mas se eu pudesse voltar atrás tomaria algumas atitudes que talvez - vejam bem, talvez - fizessem alguma diferença hoje. Por exemplo, eu cuidaria melhor da alimentação das minhas pequenas, não seria radical, mas não permitiria que se acostumassem tão cedo com o sabor da biscoitos industrializados, salgadinhos (tipo Skiny, Cheetos), refrigerantes e balas. Fui uma mãe bem certinha enquanto eram bebês (até um ano), porém assim que começaram a andar e frequentar festinhas de aniversário, liberei geral, atitude da qual me arrependo. Gostaria que tivessem continuado comendo mais legumes, verduras, frutas, enfim, adotando uma alimentação mais saudável.
Segundo ponto: eu evitaria a influência tão intensa das babás. As babás do interior são um caso à parte. Muitas delas são doces, dedicadas, porém acabam passando para as crianças seus valores culturais, o que inclui hábitos alimentares, preferências musicais e em termos de programas de TV, etc. Mas o pior é que muitas vezes a criança acaba achando que sempre vai ter sempre alguém para arrumar a bagunça e isso não é nada pedagógico.
Por outro lado acho importante que a criança, principalmente nos seus dois primeiros anos de vida, tenha alguém ao seu lado, que zele por ela e evite acidentes e sofrimentos desnecessários em sua descoberta do mundo. Claro que é importante aprender a cair e se levantar, mas sou contra a pedagogia de deixar levar choque para aprender a não botar o dedo na tomada.
Acho que nada em excesso é bom: cuidado de mais, cuidado de menos. Novamente repito minhas palavras de outro post: difícil é encontrar o tal do equilíbrio.
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