Já que falei ontem de política na vida real (a propósito, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, teve seu mandato cassado por unanimidade pelo TRE ontem e pode ficar fora das eleições deste ano por compra de votos nas eleições de 2006; definitivamente as eleições em MT estão ficando cada vez mais interessantes), hoje quero falar de politica na ficção.
Na verdade, meu tema é a série "Na forma da lei", escrita por Antonio Calmon, dirigida por Wolf Maia e exibida pela Rede Globo às terças-feiras (depois de Casseta & Planeta), em 10 capítulos. O último será exibido na próxima semana.
Perdi o primeiro capítulo, infelizmente, mas consegui ver (acredito) os demais e, apesar de algumas ressalvas, acho o programa muito bom. É eletrizante e a trama é cheia de reviravoltas.
Ontem, por exemplo, quando parecia que o vilão Mauricio Viegas (vivido por Márcio Garcia) tinha sido pego pela turma que aje "na forma da lei", eis que surge um advogado dizendo que ele tinha que ser solto imediatamente porque tinha virado senador. Explico: como seu pai, o senador João Carlos Viegas (magistralmente interpretado pelo ator Luís Melo) morreu, foi feita uma manobra para que o primeiro suplente renunciasse ao cargo entregando-o de bandeja ao segundo suplente. Mais uma jogada de mestre do moribundo e altamente maquiavélico senador Viegas.
Enfim o grande mérito da série é mostrar o quanto são intrincadas as relações no crime organizado, que reúne do mais reles bandido (bandido mesmo ou policial) ao mais graúdo político ou empresário com trânsito no poder. Triste, né? O lado "bom" de tudo é que eles mesmos vão se matando como queima de arquivo; o lado ruim é que nessa matança toda muita gente inocente também roda e muito dinheiro entra pelo ralo ou vai financiar o luxo e a futilidade desses bandidos de colarinho branco e suas famílias.
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