segunda-feira, 3 de maio de 2010

De volta à terrinha

Acabei de chegar em casa depois de quase oito horas de viagem. Confesso que estou cansada e com vontade de dormir, porém vou à abertura do Enipec - o Encontro Internacional dos Negócios de Pecuária promovido pela Famato. Não estou indo porque sou obrigada e sim pelo prazer de prestigiar um evento que é bacana e acompanho faz tempo. 
Tenho mais um motivo para não perder a abertura: ver minha filha Diana em ação, já que ela vai trabalhar como recepcionista. Sabe aquelas mocinhas bonitas e chiques que ficam lá de pé recebendo as pessoas nesse tipo de evento? Ela saiu de casa assim que cheguei toda bonita e maquiada. Ainda vou tomar um banho e tentar melhorar minha cara de cansada.
A viagem de volta foi boa e tranquila. Saí de Jaboticabal no ônibus de 9h20m, cheguei em São José do Rio Preto pouco antes de meio dia e peguei um voo da Trip para Campo Grande às 13h30m e depois outro voo da Tam para Cuiabá.
Não conheci alguém especialmente interessante em todo trajeto e aproveitei para ler meu livro ("Comer, rezar, amar", já citado aqui). Estou quase terminando e me sinto dividida, como de hábito quando termino um livro que curti bastante. Por um lado, fico ávida para chegar ao fim da história, por outro, lamento perder a companhia de Elizabeth Gilbert com sua prosa gostosa e coloquial.
Por alguns momentos, sou tentada a acreditar que "Deus" existe e que é possível se livrar da culpa e de velhas angústias, orando e praticando meditação.
Li na revista da Trip uma declaração interessante de uma chef de cozinha badalada do Rio de Janeiro, Roberta (o sobrenome é complicadíssimo). Ela disse que num determinado momento de sua vida descobriu sua vocação para culinária: "Foi para isso que vim ao mundo", dizia numa reportagem sobre chefes do sexo feminino bem sucedidas.
Vou fazer 54 anos em junho próximo e ainda não descobri para quê vim ao mundo. Sei que gosto muito de contar histórias de pessoas, sei que adorei (e ainda adoro) criar minhas filhas, mas ainda falta alguma coisa. Sinto que ainda tenho uma missão (ou talvez várias) a cumprir.

2 comentários:

Dete disse...

Que bom, Martha, que você ainda não descobriu o que quer e vai continuar experimentando! Já pensou se chegasse aos 54 achando que já tinha cumprido todas as suas missões na vida? Não teria mais nenhum motivo pra viver....Bjs.

Martha disse...

Valeu, Dete! Comecei ontem a fazer aquela meditação do sorriso que a autora do livro aprendeu em Bali. Quem sabe dá certo? Eu me senti uma idiota no início, mas depois tive um insight incrível. Depois te conto pelo skype ou por email.
Bjs