Hoje quando vinha para a revista comecei a pensar num dos porteiros do meu prédio, o Weimar, que adora ler. Como quase nunca passo a pé pela portaria, fiquei sabendo que ele gostava de ler por causa da Cida, minha funcionária. Ele lhe pediu revistas. Comecei a lhe dar exemplares de revistas antigas e também de Produtor Rural.
Na véspera de viajar para Ribeirão Preto, resolvi lhe dar um exemplar do meu livro ("Cantos de amor e saudade") e aproveitei para lhe perguntar se conhecia alguma criança que gostasse de ler para dar uns livros infantis que ganhei de uma empresa.
- Meu filho, de 8 anos. Ele adora ler! - respondeu prontamente, com sua gentileza habitual.
Adoro a ideia de ter um porteiro que gosta de ler e ainda tem um filho que também gosta de ler. Tenho duas filhas que foram criadas com literatura na mamadeira e uma delas, a mais velha, detesta ler; a caçula é melhorzinha, mas está longe de ser uma leitora voraz. Tenho grande simpatia por leitores. Fico com vontade de compartilhar livros com a pessoa, falar sobre o livro que estou lendo, etc.
Se depender de mim, vou continuar alimentando o gosto por livros de Weimar e seu filhote.
Esse pensamento fez com que eu me lembrasse de outros porteiros da minha vida. Só quem já morou em prédio sabe a importância que esse profissional tem na nossa vida.
Eu me lembro com especial carinho do Batista, que trabalhava no Edifício Conde de Nassau, no bairro carioca de Flamengo, e uma vez me perguntou seriamente se não seríamos parentes (para quem não sabe, meu sobrenome é Baptista).
Esse pensamento fez com que eu me lembrasse de outros porteiros da minha vida. Só quem já morou em prédio sabe a importância que esse profissional tem na nossa vida.
Eu me lembro com especial carinho do Batista, que trabalhava no Edifício Conde de Nassau, no bairro carioca de Flamengo, e uma vez me perguntou seriamente se não seríamos parentes (para quem não sabe, meu sobrenome é Baptista).
Tenho um lugar reservado no meu coração para o porteiro do Edifício Brumas, no Jardim Botânico, o terceiro da minha vida de poucas mudanças no Rio de Janeiro. Como o prédio era pequeno (três andares, sem elevador), ele era do tipo faz tudo: zelador, faxineiro, garagista e um ótimo papo.
E finalmente tem o Severino, que há décadas trabalha no prédio da minha irmã Jane, em Ipanema. Como o prédio também é pequeno ( embora chique), ele também é pau pra toda obra. E do tipo gentil, sempre pronto a nos ajudar e tem um carinho especial pela família da dona Jane, que vive invadindo o apartamento da Nascimento Silva.
E finalmente tem o Severino, que há décadas trabalha no prédio da minha irmã Jane, em Ipanema. Como o prédio também é pequeno ( embora chique), ele também é pau pra toda obra. E do tipo gentil, sempre pronto a nos ajudar e tem um carinho especial pela família da dona Jane, que vive invadindo o apartamento da Nascimento Silva.
Mas nenhum deles, que eu saiba, gosta de ler como o Weimar.
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