segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tolerância zero

Estava há pouco aguardando o elevador num prédio público e, sem querer, ouvia um senhor falando sobre a importância de ter alguma religião com um rapaz. Estava até achando bacana a conversa quando ele solta a seguinte pérola: "Tudo bem bater de vez em quando na mulher, mas não precisava matar". Devo ter feito uma cara muito assustada porque ele se virou para mim e quis dar algum tipo de explicação. Respondi: "Faz de conta que não estou ouvindo". E quando vi que ele estava se aproximando de mim para conversar, optei pela escada.
Tenho tolerância zero para esse tipo de conversa: bater no filho para ensinar, bater na mulher para ... Para quê mesmo? Bater no bandido para "confessar" o crime. 
Nesse aspecto sou adepta de Gandhi: violência gera violência. Não sou nenhum anjo, mas me arrependo terrivelmente de todo gesto de violência física que fiz em relação às minhas filhas. Acredito que haja outras formas de ensinar.
Ontem vi uma reportagem muito boa no "Fantástico" sobre a questão da violência contra menores. O programa mostrou a entrevista com aquela louca acusada de torturar uma criança que pretendia adotar e depois mostrou o trabalho do Conselho Tutelar, divulgando um número (100) para denúncias de casos de violência. Em seguida, concentrou-se no caso de duas adolescentes maltratadas pela mãe, que inclusive cortou o braço de uma delas com uma pá (as meninas agora estão na casa de uma madrinha, após a denúncia).
Que tipo de pessoa faz isso contra seu próprio filho? Só de pensar em quantas crianças e adolescentes passam diariamente por isso fico indignada. 
Para terminar este post, não posso deixar de me referir a uma notícia que acabei de ler em O Globo  e que me chocou: a denúncia sobre desvio de verba na Suipa, a sociedade que supostamente deveria proteger os animais. 
Fica complicado assim: em quem confiar? Se a denúncia procede, deveria haver uma punição exemplar para quem tira dinheiro de cidadãos de boa fé e judia de quem deveria proteger.







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