Evito falar de política diretamente aqui neste espaço. É claro que falo da política como uma coisa maior, que permeia as relações humanas e a vida na sociedade. Mas hoje vou fugir à regra.
Há dois dias, conversando por telefone com uma amiga que morou muitos anos em Mato Grosso e estava curiosa para saber as últimas notícias sobre as próximas eleições, eu me dei conta de que não tinha falado aqui sobre o fato novo mais interessante do pleito na minha modesta opinião: a candidatura ao Senado do ex-procurador da República, Pedro Taques.
Não acredito mais em Papai Noel, nem em fadas-madrinhas, porém acredito que haja homens de fibra que podem dar um gás novo à nossa desacreditada política partidária. A candidatura de Pedro Taques pelo PDT é um bom exemplo. Ele se destacou como o "cara" responsável pela prisão de Arcanjo, o "comendador", homem forte do crime organizado que, graças ao dinheiro farto, tinha (?) grande penetração na política e na sociedade mato-grossense.
Nunca tinha encontrado Taques pessoalmente. Encontrei-o rapidamente nos corredores da Famato, onde trabalho, e ele foi simpático (todos os políticos em campanha são, é claro), mas demonstrou bom humor (isso é mais raro) quando comentei que só teria meu voto se não se unisse ao PP - partido que tem como caciques locais o deputado estadual José Riva e o deputado federal Pedro Henry (ambos dispensam comentários). Taques respondeu: "Minha mãe disse a mesma coisa".
Não sei se ele vai se eleger (está atrás dos favoritos na corrida do Senado nas pesquisas), mas acho significativo o fato dele abrir mão de seu cargo para abraçar uma disputa eleitoral. Estou com ele e não abro.
Taques faz parte do Movimento Mato Grosso Muito Mais, que tem como pré-candidato ao governo o empresário Mauro Mendes (PSB), que está anunciando um projeto intitulado "Tolerância Zero" para a área de segurança pública. Curiosamente, foi este o título do meu post anterior. Juro que foi coincidência.
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