Estou em Juína (no noroeste de Mato Grosso) e minha conexão está irritantemente lenta. Estou no hotel, pronta para dormir depois de rodar mais de 700 km. A viagem foi muito tranquila e sem sobressaltos. Compramos um monte de CDs piratas numa pastelaria em Jangada (quatro por 10 reais) e viajamos ouvindo uma seleção bem eclética: Zeca Pagodinho (foi o único de samba que consegui), Roberto Carlos, Michael Jackson, Legião Urbana e muita música sertaneja - algumas até legais, outras podres. Mas é melhor do que ficar olhando a paisagem o tempo todo. Não dormi um segundo sequer.
Não posso falar muito de Juína porque chegamos aqui praticamente à noite e só saímos para jantar. Amanhã vamos trabalhar de fato. Mas deu pra sentir que as coisas aqui estão muito difíceis por causa do esfriamento da atividade madeireira e do fechamento do frigorífico Independência. Me cortou o coração ver aquela estrutura toda parada.
No jantar ficamos conversando com um advogado conhecido de Cuiabá (Mato Grosso é pequeno, até em Juína a gente encontra conhecidos) e ele nos contou histórias tenebrosas de pessoas mutiladas em serrarias que entram com ações de indenizações contra seus ex-patrões. Barra pesada!
Estou curiosa em relação ao dia de amanhã e um pouco apreensiva. Já deu pra sentir que aqui não é Lucas do Rio Verde, nem Nova Mutum. Os banheiros dos restaurantes são feios, não tem papel higiênico (tive que pedir pra moça do balcão), nem assentos nos vasos. Não vi uma válvula Hidra, só aquelas descargas com cordinhas horrorosas. Daqui pra frente esse tipo de coisa só deve piorar. Segundo o José, fotógrafo e companheiro de jornada, isso aqui é o Brasil. Tristes trópicos!
Não posso falar muito de Juína porque chegamos aqui praticamente à noite e só saímos para jantar. Amanhã vamos trabalhar de fato. Mas deu pra sentir que as coisas aqui estão muito difíceis por causa do esfriamento da atividade madeireira e do fechamento do frigorífico Independência. Me cortou o coração ver aquela estrutura toda parada.
No jantar ficamos conversando com um advogado conhecido de Cuiabá (Mato Grosso é pequeno, até em Juína a gente encontra conhecidos) e ele nos contou histórias tenebrosas de pessoas mutiladas em serrarias que entram com ações de indenizações contra seus ex-patrões. Barra pesada!
Estou curiosa em relação ao dia de amanhã e um pouco apreensiva. Já deu pra sentir que aqui não é Lucas do Rio Verde, nem Nova Mutum. Os banheiros dos restaurantes são feios, não tem papel higiênico (tive que pedir pra moça do balcão), nem assentos nos vasos. Não vi uma válvula Hidra, só aquelas descargas com cordinhas horrorosas. Daqui pra frente esse tipo de coisa só deve piorar. Segundo o José, fotógrafo e companheiro de jornada, isso aqui é o Brasil. Tristes trópicos!
Um comentário:
o colega, sinto muito por vc nao poder ter ido na cantina zanela ou emporio da gula. fazer o que né?juina ñ é isso que vc descreveu, muito pelo contrario, agora astá de verdade se estabilizando, sem os grosseiros madeireiros, ñ é só de madeira que juina vive. vc está equivocada.
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