Por estar em Mato Grosso e no centro da polêmica sobre a questão ambiental, eu me acostumei a acompanhar alguns temas que, volta e meia, ressurgem na mídia. Um deles é a aprovação do novo Código Ambiental, considerada fundamental para amenizar os conflitos, já que a legislação vigente é arcaica (a peça principal é o Código Florestal Brasileiro de 1965) e toda remendada. Todo mundo - ambientalistas, ruralistas, etc - insiste nessa tecla: sem um novo Código Ambiental não dá.
Fiz uma matéria para a revista Produtor Rural em maio de 2009 tratando do tema e hoje, para minha decepção, soube por meio de uma assessora parlamentar que, na melhor das hipóteses, vai se conseguir até o fim deste ano parlamentar se chegar a um relatório sobre o projeto de lei que modifica o velho Código. Depois disso vem a discussão e aprovação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.
Fiquei irritada como cidadã e jornalista. Se a questão é tão importante por que demora tanto para ser analisada e votada? É por isso que nesse país se governa tanto por meio de decretos e MPs.
Para mim, toda essa situação é resquício da ditadura vivida durante 21 anos. A gente desaprendeu a legislar, a fazer democracia. Volta e meia a mídia veicula notícias falando sobre a infinidade de bobagens aprovadas em todos os níveis das câmaras legislativas. São festas e dias comemorativos aos borbotões, fora aquelas homenagens e concessões de títulos de cidadãos a uma a legião de pessoas, sendo que algumas delas sequer mereceriam ser chamadas de cidadãs.
Ruim com Congresso, pior sem ele, mas realmente é decepcionante a lentidão com que as coisas importantes são definidas neste país. A gente tinha que gritar mais contra esse tipo de coisa.
Para mim, toda essa situação é resquício da ditadura vivida durante 21 anos. A gente desaprendeu a legislar, a fazer democracia. Volta e meia a mídia veicula notícias falando sobre a infinidade de bobagens aprovadas em todos os níveis das câmaras legislativas. São festas e dias comemorativos aos borbotões, fora aquelas homenagens e concessões de títulos de cidadãos a uma a legião de pessoas, sendo que algumas delas sequer mereceriam ser chamadas de cidadãs.
Ruim com Congresso, pior sem ele, mas realmente é decepcionante a lentidão com que as coisas importantes são definidas neste país. A gente tinha que gritar mais contra esse tipo de coisa.
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