sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Nomes

Moro num bairro chamado Goiabeiras desde que me mudei para Cuiabá em fevereiro de 2003. Adoro meu bairro. Além de bem posicionado (perto do Centro e de pontos badalados da capital, como a Praça Popular, padaria Viena, Choppão, Peixaria Popular), o nome me remete a uma das minhas frutas preferidas. É bem verdade que, pelos Correios, eu moro no bairro Popular, mas prefiro ficar com o Goiabeiras como referência.
Outro bairro tradicional da capital é o Lixeira. Errou quem imaginou um lugar feio e sujo. É um bairro normal, como tantos outros de Cuiabá, e o nome se refere a uma árvore bastante comum na região (eu também não sabia e só aprendi depois que vim para cá).
Como em muitas outras capitais brasileiras, Cuiabá tem muitos bairros novos com nome de Jardim e que de jardim têm muito pouco. Tem o Jardim Vitória, cuja má fama foi bastante amenizada com a Orquestra de Flautas de meninos e meninas que já tocou até na Europa; Jardim Florianópolis, Jardim Itapuã, etc.
Dizem que Cuiabá é a "Cidade Verde". É claro que ainda temos muito verde na cidade em quintais, terrenos abandonados, praças nem sempre bem cuidadas, mas como dizia meu cunhado Ivo, já falecido, engenheiro de profissão, cacerense de nascimento e carioca por adoção: há poucas sombras nas vias públicas de Cuiabá e outras cidades deste escaldante Mato Grosso.
Automóveis disputam essas poucas sombras mesmo com o risco de levar uma manga na lataria. Nas minhas poucas incursões como pedestre, procuro loucamente a proteção das copas das árvores mesmo que também tenha medo de levar uma "mangada" (hoje, por exemplo, quando fui almoçar, peões de uma obra na Secretaria de Educação tentavam derrubar mangas e um deles, mais gentil, pediu licença pra "senhora" passar).
Colegas meus da Famato contaram que outro dia um calango enorme caiu de uma dessas árvores na cabeça de um cara que trabalha conosco. Só de pensar nessa possibilidade me dá arrepio.
Mesmo assim árvores são queridas e, por incrível que pareça, tem gente que prefere cortar as árvores da porta de casa só para não ter o trabalho de varrer as folhas. Quanta pobreza de espírito!
Eu sempre me lembro com muito carinho das duas árvores que mandei plantar em frente à minha casa de Cáceres e ainda estão lá garantindo sombra a meus inquilinos.

Nenhum comentário: