Assisti consternada a uma reportagem no Jornal Nacional de ontem sobre a luta de uma mãe para livrar o filho adolescente do crack. Em seguida, foi entrevistada ao vivo uma especialista, que me pareceu uma pessoa com conhecimento de causa e deu uma mensagem triste a mães como a da reportagem mostrada. O viciado não se cura se ele mesmo não decidir se livrar do vício e isso só ocorre depois que ele vê a morte de perto.
Na verdade, ela só está repetindo o que ouço há anos em reportagens (que eu mesma fiz) sobre alcoólicos anônimos. Em geral, o viciado (em álcool ou qualquer outro tipo de droga) só procura ajuda quando chega ao fim do poço. Certamente, alguns nunca voltarão do fundo do poço.
Deve ser muito duro para uma mãe (ou qualquer pessoa que ame um viciado) ouvir e admitir isso. Deve dar uma sensação de culpa, impotência louca, ver um filho/irmão/marido/neto/amigo se autodestruindo e não poder fazer nada. Tudo que se faz é paliativo.
Nunca passei por isso, mas já vi pessoas muito próximas a mim (mães, irmãs) passando. Das histórias que acompanhei um pouco mais de perto, um rapaz chegou ao fim do poço e não retornou com vida, outro ainda está buscando (até onde sei) e outro está em tratamento, meio que forçado pela família. Será que ele vai se recuperar? É uma incógnita.
Lamento que as famílias, sobretudo, de baixa renda tenham tão pouca assistência. Todas as reportagens que vejo falam da pouca disponibilidade de lugares onde os viciados possam ser tratados. Quem tem dinheiro manda a pessoa para fora, lugares caros, que nem sempre são sinônimos de recuperação, mas pelo menos é uma tentativa.
Não sei se conseguiria ficar de braços cruzados vendo meu filho se esborrachar no fundo do poço.
Enquanto isso, quanta gente "boa", "saudável" (???) e graúda ganha dinheiro com o tráfico de drogas, estimulando e mantendo o vício de pessoas mais fracas e vulneráveis que buscam na droga pesada um alívio para suas dores ou falta de sentido na vida!
PS. Ao contrário de muita gente, não acho que o álcool seja uma droga menos danosa que outras. Ela é apenas lícita.
Na verdade, ela só está repetindo o que ouço há anos em reportagens (que eu mesma fiz) sobre alcoólicos anônimos. Em geral, o viciado (em álcool ou qualquer outro tipo de droga) só procura ajuda quando chega ao fim do poço. Certamente, alguns nunca voltarão do fundo do poço.
Deve ser muito duro para uma mãe (ou qualquer pessoa que ame um viciado) ouvir e admitir isso. Deve dar uma sensação de culpa, impotência louca, ver um filho/irmão/marido/neto/amigo se autodestruindo e não poder fazer nada. Tudo que se faz é paliativo.
Nunca passei por isso, mas já vi pessoas muito próximas a mim (mães, irmãs) passando. Das histórias que acompanhei um pouco mais de perto, um rapaz chegou ao fim do poço e não retornou com vida, outro ainda está buscando (até onde sei) e outro está em tratamento, meio que forçado pela família. Será que ele vai se recuperar? É uma incógnita.
Lamento que as famílias, sobretudo, de baixa renda tenham tão pouca assistência. Todas as reportagens que vejo falam da pouca disponibilidade de lugares onde os viciados possam ser tratados. Quem tem dinheiro manda a pessoa para fora, lugares caros, que nem sempre são sinônimos de recuperação, mas pelo menos é uma tentativa.
Não sei se conseguiria ficar de braços cruzados vendo meu filho se esborrachar no fundo do poço.
Enquanto isso, quanta gente "boa", "saudável" (???) e graúda ganha dinheiro com o tráfico de drogas, estimulando e mantendo o vício de pessoas mais fracas e vulneráveis que buscam na droga pesada um alívio para suas dores ou falta de sentido na vida!
PS. Ao contrário de muita gente, não acho que o álcool seja uma droga menos danosa que outras. Ela é apenas lícita.
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