Ufa ... Foi-se a primeira pomba (parafraseando o poeta Raimundo Correia). Deu um nó na garganta, uma vontade de sentar na calçada do aeroporto e me deixar ficar lá (debaixo daquele mormaço?), mas já estou aqui "tocando a vida em frente" (né, Almir Sater?)
Acreditem se quiser: vou pro Chorinho! Tem lugar melhor para "chorar" a minha dor, que se mistura à alegria e ao orgulho de ver minha filhinha partindo para um outro estado e preste a começar sua vida de universitária? Dezessete anos, quase 18, e um mundo a ser descoberto.
Como não sou egoísta (pelo menos, como mãe), só desejo que ela seja intensamente feliz nesta nova aventura que a vida lhe oferece - e que ela foi buscar.
Sua irmã está aqui num surto de arrumação do quarto (ela que não é exatamente a organizada) e braba porque acabou de descobrir que a outra levou um creme que ambas compartilhavam. É um momento novo de separar as malas, as coisas em comum.
Sei que tenho que ser forte e reorganizar minha vida, de um jeito que a saudade seja suportável e cada reencontro (por telefone, internet, etc) seja sempre uma fonte de prazer.
Um comentário:
Ah, Martha... Um dia você vai se dar conta de que os filhos nunca vão embora de vez...
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