Acabei de fazer uma entrevista por telefone com um mito do agronegócio brasileiro, o empresário Olacyr de Moraes, conhecido como o "rei da soja" em seus tempos áureos. Maiores detalhes sobre o personagem na edição de março da revista Produtor Rural.
Adorei conversar com ele e ver que, às véspera de completar 79 anos, o empresário se mantém bastante lúcido e confiante no futuro do agronegócio e do país. Deve ser uma sensação muito boa saber que você contribuiu tanto para o desenvolvimento de seu país.
Gosto muito do meu trabalho e gosto de escrever, relatar experiências, o resultado da conversa que tive com pessoas, seja ela uma celebridade do mundo empresarial, como o Olacyr, seja um produtor até então desconhecido, como Maria da Penha Bento Alves - uma assentada que conheci e entrevistei em Colniza (a 1160 km de Cuiabá).
Às vezes eu me questiono sobre quantas pessoas leem o que eu escrevo e a relevância disso para o mundo e fico um pouco frustrada. Gostaria de fazer coisas mais concretas, como o Olacyr ou a Maria da Penha, que come o que planta e dividiu seu modesto e delicioso almoço comigo e meus companheiros de equipe quando visitamos seu pequeno sítio no ano passado.
Às vezes eu me questiono sobre quantas pessoas leem o que eu escrevo e a relevância disso para o mundo e fico um pouco frustrada. Gostaria de fazer coisas mais concretas, como o Olacyr ou a Maria da Penha, que come o que planta e dividiu seu modesto e delicioso almoço comigo e meus companheiros de equipe quando visitamos seu pequeno sítio no ano passado.
Mas, no fundo, sabe o que realmente gosto de fazer? Cantar. Quando eu era muito pequena e passeava com minha mãe por uma estação de águas mineira, me lembro de ter-lhe confidenciado que gostaria de ser cantora. Não me lembro do que ela disse, mas a lembrança que me ficou foi a de uma reação meio incrédula e fria.
Hoje, quando canto, sinto como se estivesse transgredindo alguma norma interna ou estivesse de alguma forma decepcionando "minha mãe interna". Como se eu fosse a cigarra da fábula de La Fontaine, meio envergonhada diante da formiga que trabalha e bota dinheiro na casa. No meu caso, como boa geminiana, eu me esforço para ser as duas ao mesmo tempo - cigarra e formiga. Na maioria das vezes, a formiga domina a cena, mas, de vez em quando, como no sábado passado, a cigarra rouba a cena.
2 comentários:
Qualquer dia apareço aí em Cuiabá só para ir ao Chorinho e poder ver e ouvir a Cigarra roubar a cena.
Bjs.
Será muito bem-vinda! Quem sabe você não descobre também a sua porção cigarra?
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