Acabei de ver um filme belíssimo e inspirador: "Ninho vazio", escrito e dirigido pelo argentino Daniel Burman. Quando vi o DVD na locadora, não resisti. Era muita coincidência: o título do filme e o nome da protagonista (Martha). A diferença é que no filme ela é casada com um escritor em crise. Com a partida dos três filhos, cada um reage à sua maneira. Ele, inseguro, vê-se ameaçado pelo fato da mulher voltar a ter uma vida de universitária, sempre cercada de amigos e colegas.
O filme é sutil, delicado, daqueles que você tem que ver e, se possível, rever para entender, além de ter uma fotografia e uma trilha sonora fantásticas.
Para mim, a chave de tudo está num diálogo na parte final, quando um amigo de Leonardo, o marido (não sei se esse amigo existe de fato ou é uma espécie de consciência de Leo), cita um antigo provérbio. Ele diz mais ou menos o seguinte: a angústia em relação ao futuro nos impede de viver o presente; e viver do passado tem o mesmo efeito.
Touchë!
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