Convivi pouco com meu pai - apenas quatro anos e meio, mas sei que ele está vivo no meu DNA, na minha memória (embora tenha poucas lembranças concretas dele) e no meu imaginário. Uma das coisas que associo a ele é um ditado popular: "Os cães ladram e a caravana passa". Se não me falha a memória esse dito também era muito citado por Ibrahim Sued, que fez história no colunismo social no jornalismo brasileiro.
Essa frase sempre me instigou e na minha imaginação infantil conseguia ver uma caravana enorme passando - daquelas que a gente vê naqueles filmes antigos ambientados no Oriente -, enquanto os cães não paravam de latir. Ou seria uma caravana no estilo dos filmes de faroeste, daquelas em que os colonos iam enfrentando ataques de índios ao cruzarem o território norte-americano? Não importa. O mais importante era imaginar os cães, ameaçadores, com os dentes afiados, enquanto a caravana seguia seu destino.
Sempre interpretei esse ditado da seguinte forma: poderá haver obstáculos, ameaças e sustos de vários tipos no seu percurso de vida, mas você continuará seguindo, apesar do medo, se tiver certeza do que quer e aonde quer chegar.
Tenho me perguntado nos últimos dias: aonde quero chegar? Para onde estou seguindo? Serei eu membro de uma caravana daquelas que ruma em direção a um Eldorado com a certeza de que vai encontrar um lugar melhor para viver? Ou será que sou integrante de uma daquelas caravanas mambembes, que rodam por aí sem eira nem beira?
Esse papo de caravana me lembra uma observação feita há dezenas de anos por uma amiga quando ainda nos preocupávamos com o enigma do orgasmo. Como saber se chegamos ao ápice? Qual seria a sensação? Ela me disse: "Não se preocupe tanto com o destino final da viagem. Curta o percurso".
Filha de um mercador que subia e descia o rio Paraguai com suas mercadorias, eu não poderia deixar de curtir viajar. Gosto de chegar, gosto de voltar e, muitas vezes, curto muito a viagem em si. Gosto de estar em movimento.
Essa frase sempre me instigou e na minha imaginação infantil conseguia ver uma caravana enorme passando - daquelas que a gente vê naqueles filmes antigos ambientados no Oriente -, enquanto os cães não paravam de latir. Ou seria uma caravana no estilo dos filmes de faroeste, daquelas em que os colonos iam enfrentando ataques de índios ao cruzarem o território norte-americano? Não importa. O mais importante era imaginar os cães, ameaçadores, com os dentes afiados, enquanto a caravana seguia seu destino.
Sempre interpretei esse ditado da seguinte forma: poderá haver obstáculos, ameaças e sustos de vários tipos no seu percurso de vida, mas você continuará seguindo, apesar do medo, se tiver certeza do que quer e aonde quer chegar.
Tenho me perguntado nos últimos dias: aonde quero chegar? Para onde estou seguindo? Serei eu membro de uma caravana daquelas que ruma em direção a um Eldorado com a certeza de que vai encontrar um lugar melhor para viver? Ou será que sou integrante de uma daquelas caravanas mambembes, que rodam por aí sem eira nem beira?
Esse papo de caravana me lembra uma observação feita há dezenas de anos por uma amiga quando ainda nos preocupávamos com o enigma do orgasmo. Como saber se chegamos ao ápice? Qual seria a sensação? Ela me disse: "Não se preocupe tanto com o destino final da viagem. Curta o percurso".
Filha de um mercador que subia e descia o rio Paraguai com suas mercadorias, eu não poderia deixar de curtir viajar. Gosto de chegar, gosto de voltar e, muitas vezes, curto muito a viagem em si. Gosto de estar em movimento.
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