Já estive mais animada na véspera de outros carnavais. Talvez seja o cansaço da viagem a Jaboticabal (2.400 km de ônibus em quatro dias!) ou mesmo o rebuliço emocional provocado pela iminente mudança de cidade de minha filha caçula. Pode ser também a dureza pós-férias, acrescida da preocupação com a outra filha que foi passar o carnaval em Cáceres - cidade situada a 210 km de Cuiabá, inundada pelas chuvas nas últimas 48 horas (foto do site da Secom-MT). Falei com ela há pouco e está tudo bem, mesmo que a primeira noite de carnaval oficial tenha sido cancelada.
Também não posso deixar de registar um fato do qual tomei conhecimento nos dias que passei em Jaboticabal e que me entristeceu: o assassinato de Alcides do Nascimento Lins, filho da ex-catadora de papel em Recife, que há poucos anos tinha sido destaque nacional por causa de sua aprovação no vestibular. A imagem da mãe dizendo "minha vida acabou", em contraste com a alegria de mãe e filho na reportagem veiculada na época do resultado do vestibular, foi de cortar o coração. No dia pensei: "eu aqui feliz porque minha filha vai iniciar sua vida universitária e essa mãe que batalhou tanto na vida está chorando a perda do filho e o fim do sonho de ver seu filho formado".
Até onde sei parece que os caras que mataram o rapaz fizeram isso porque ele não quis dar informações sobre o vizinho que procuravam. O tal do motivo fútil. Mais um nessa terra onde a vida humana vale cada vez menos
Hoje, quando cheguei em casa, soube que mataram um cara num lava a jato a uma quadra do meu prédio. Minha empregada ouviu os tiros. Li também no jornal que mataram um rapaz na madrugada de ontem na saída de uma boate não muito longe da minha casa.
A vida continua ...
"E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança"
(trecho da Marcha da quarta-feira de cinzas, de Carlos Lyra e Vinícius de Morais)
Também não posso deixar de registar um fato do qual tomei conhecimento nos dias que passei em Jaboticabal e que me entristeceu: o assassinato de Alcides do Nascimento Lins, filho da ex-catadora de papel em Recife, que há poucos anos tinha sido destaque nacional por causa de sua aprovação no vestibular. A imagem da mãe dizendo "minha vida acabou", em contraste com a alegria de mãe e filho na reportagem veiculada na época do resultado do vestibular, foi de cortar o coração. No dia pensei: "eu aqui feliz porque minha filha vai iniciar sua vida universitária e essa mãe que batalhou tanto na vida está chorando a perda do filho e o fim do sonho de ver seu filho formado".
Até onde sei parece que os caras que mataram o rapaz fizeram isso porque ele não quis dar informações sobre o vizinho que procuravam. O tal do motivo fútil. Mais um nessa terra onde a vida humana vale cada vez menos
Hoje, quando cheguei em casa, soube que mataram um cara num lava a jato a uma quadra do meu prédio. Minha empregada ouviu os tiros. Li também no jornal que mataram um rapaz na madrugada de ontem na saída de uma boate não muito longe da minha casa.
A vida continua ...
"E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança"
(trecho da Marcha da quarta-feira de cinzas, de Carlos Lyra e Vinícius de Morais)
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