Estava viajando e pouco li os detalhes do caso de corrupção envolvendo as obras do PAC em Cuiabá.
Peguei um jornal para ler há pouco e comecei a ficar com nojo. A gente conhece boa parte dos envolvidos, pessoas que vivem nas colunas sociais e tem se mantido no poder (ou na fronteira dele) há muito tempo. Sabe também que provavelmente acontecerá com eles o que aconteceu com muitos que já estiveram sob o foco da mídia e da polícia em outras ocasiões, ou seja, nada. Eles continuam numa boa, ainda no poder. Ou seja, mais ou menos como acontece no Senado em Brasília, onde Renans, Sarneys e Collors nunca perdem a pose ou o poder, apesar dos fatos tenebrosos envolvendo seus nomes.
Enquanto isso, moradores das ruas atingidas pelas obras do PAC continuam sofrendo com a poeira e o desconforto provocado pela movimentação das máquinas, hoje, totalmente paradas, segundo os jornais. Até quando?
Hoje, de manhã, procurando no rádio uma estação para ouvir durante o banho fui surpreendida por um belíssimo choro solado no clarineta. Para minha surpresa, a programação inusitada vinha de uma tal Rádio Senado, operando em caráter experimental em Cuiabá. Fiquei pensando: será que eles querem com isso atenuar a má imagem do Senado e nos levar a ter algum sentimento bom em relação àquele covil de cobras criadas?
Enquanto isso, moradores das ruas atingidas pelas obras do PAC continuam sofrendo com a poeira e o desconforto provocado pela movimentação das máquinas, hoje, totalmente paradas, segundo os jornais. Até quando?
Hoje, de manhã, procurando no rádio uma estação para ouvir durante o banho fui surpreendida por um belíssimo choro solado no clarineta. Para minha surpresa, a programação inusitada vinha de uma tal Rádio Senado, operando em caráter experimental em Cuiabá. Fiquei pensando: será que eles querem com isso atenuar a má imagem do Senado e nos levar a ter algum sentimento bom em relação àquele covil de cobras criadas?
Seja como for, temos que acreditar que as coisas podem melhorar. Não acredito sinceramente que eu vá viver para ver um mundo sem corrupção em que a política seja vista como uma arte nobre usada em benefício da maioria da população como convém numa democracia. Nem por isso vou desejar - como algumas pessoas - a volta da ditadura. Até porque a corrupção é do ser humano; existem ditadores corruptos (e quantos!) e "democratas" corruptos. Cabe a nós, enquanto sociedade, ser menos submissos, coniventes e egoístas.
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