terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lar doce lar

Sempre gostei de viajar e, de volta ao lar depois de seis dias fora, sinto um estranhamento que me é familiar. É uma mistura de alegria e tristeza, de satisfação de rever e poder abraçar minhas filhas, dormir na minha cama, tomar banho no meu banheiro,e, ao mesmo tempo, uma sensação de saudade do que ficou para trás: das pessoas que conheci e que talvez nunca mais vá rever, da sensação boa de voltar pro quarto do hotel e tomar uma ducha relaxante depois de um dia de trabalho, de tomar café da manhã no hotel (eu adoro!) e, principalmente, de estar indo sempre em busca do novo.
A rotina é confortante num certo aspecto, mas entediante em outros - e olha que meu dia não é exatamente um mar de previsibilidade.
É isso que quero conservar hoje: a minha curiosidade, a minha capacidade de curtir a novidade, mesmo que uma parte de mim tenha sido criada para assumir a rotina de uma vida de dona de casa.
Hoje meu colega de viagem observou uma coisa interessante: comentávamos que na ida eu estava enjoada, com dor nas costas e com os olhos me incomodando por causa das lentes de contato. Hoje, depois de vários dias de trabalho, eu não estava nem um pouco enjoada, tinha melhorado das costas e lidado razoavelmente bem com o problema dos olhos, apesar da poeira. Na opinião dele, isso tem a ver com a ansiedade que pode ter rolado antes da viagem, já que deixei Cuiabá muito ligada a alguns problemas domésticos, me sentindo culpada por deixar minhas "meninas" sozinhas e preocupada com a matéria que ia fazer. À medida em que fui me afastando de casa e vendo que as coisas caminhavam bem com elas - apesar da minha ausência - e com o trabalho, relaxei. Faz sentido.

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