Olha só: o saldo dos últimos confrontos entre israelenses e palestinos em Gaza é de 550 mortos até agora; por outro lado, o número total de mortes em acidentes nas estradas federais brasileiras nos feriados de final de ano foi de 435.
Fala-se tanto em educação no trânsito, novo Código de Trânsito, Lei Seca, mas a insanidade dos motoristas brasileiros não tem fim. As pessoas continuam fazendo de seu carro uma arma. Uma rápida passagem por estradas dá uma noção das loucuras que alguns motoristas cometem: são ultrapassagens absolutamente irresponsáveis, gente que anda devagar ou rápido demais (pude constatar tudo isso em recente viagem de carro a Cáceres pela BR-070).
Viajei na semana passada para Campo Grande num ônibus noturno e minha irmã perguntou se eu não tinha medo de dormir deixando minha vida nas mãos de um motorista que nem conheço.
Medo até que tenho, mas por um estranho capricho da natureza durmo super bem no ônibus, tanto é que na ida fui acordada por um passageiro já na rodoviária de Campo Grande e fui a última passageira a desembarcar. Na volta não dormi tão bem porque meu "companheiro" de viagem - com quem não troquei uma palavra sequer - roncava desavergonhadamente.
Enfim, sempre agradeço quando chego ao meu destino ilesa porque realmente andar nas estradas é como caminhar no fio da navalha. Penso também (e me desconcerto) no caso recente de uma estudante de Cuiabá que foi a única vítima fatal de um acidente de ônibus: ela teve o pescoço quebrado por uma mala que despencou em sua cabeça do bagageiro. Fatalidade ou irresponsabilidade de alguém que colocou uma mala tão pesada no bagageiro interno do ônibus?
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