segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tempo de reflexão

Acabei de receber um email de uma amiga jornalista que me tocou muito. Não a conheço muito bem, mal posso dizer que somos "amigas", mas ela sempre me despertou bons sentimentos e nos últimos meses tive a oportunidade de conhecê-la um pouco melhor.
O mundo está cheio de gente boa, cujo sofrimento não foi transformado em revolta ou raiva da humanidade. São pessoas sempre dispostas a ajudar, donas de uma espiritualidade à flor da pele.
Minha diarista também é assim - uma pessoa do bem.
Às vezes eu me considero uma pessoa muito egoísta. Não faço mal deliberadamente a ninguém, mas me deixo abater facilmente por meus pequenos problemas e tenho um pouco de medo de sentir a energia do amor correndo no interior do meu corpo.
O que é o amor, afinal?
Sinto que desde a semana passada estou muito ligada numa energia meio ruim, às véspera de Natal. É como se a energia ruim das pessoas corruptas, prepotentes se soprepujasse à energia das pessoas de bom coração e como se me faltassem forças para enfrentar esse mundo duro e hostil.
Besteira. É claro que tenho. Estou atravessando um momento difícil e sinto muita falta da minha família nesse momento - meus anjos protetores, que sempre cuidaram dessa irmãzinha meio rebelde, meio independente, que traçou seus próprios caminhos, mas às vezes se sente meio incapaz de lidar com esse mundo onde muita gente parece levar as coisas no grito e onde mesmo as pessoas que parecem mais confiáveis também são capazes de nos decepcionar (e vice-versa).
Já passou da hora de crescer! Tenho saúde, alegria e preciso buscar dentro de mim a força para aproveitar esse momento para amadurecer. Tem momentos que consigo enxergar esse momento como único e definitivo.
Volta e meia chego à conclusão de que as pessoas não mudam. Vejo ao meu redor vários exemplos de pessoas que foram levando bordoadas ao longo da vida mas continuaram agindo como sempre. É como se não tivessem conseguido enxergar nada.
Será que sou assim também? Cabe a mim - somente a mim - responder essa pergunta.
Esse Natal, com certeza, será diferente.


2 comentários:

Rose Domingues disse...

Que lindo Martha...a gente precisa se abrir para ver as belas coisas da vida. O mundo não é apenas sofrimento e maldade. De todo mal pode surgir o bem mais profundo e encantador, basta estarmos abertos para isso. Basta abrir o coração, o que não é fácil, mas necessário, bjos.

Martha disse...

Valeu, Rose!
Abrir o coração ... Parece fácil, mas realmente não é, mas, como você diz, é necessário.
Bjos