terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O apanhador no campo de centeio

Hoje minha mente divagadora me leva em duas direções diferentes, mais ou menos como no célebre poema de Robert Frost (já citado aqui). Qual caminho seguirei? O menos percorrido, ainda seguindo a trilha apontada pelo poeta norte-americano em "Two roads".
Neste fim de semana terminei a leitura de um livro muito especial, por vários motivos. É uma obra célebre, inclusive por motivos não muito positivos: "O apanhador no campo de centeio", de J.D. Salinger, ou "The catcher in the rye" no original.
Publicada pela primeira vez entre os anos de 1945 e 1946 em formato de revista e em 1951 em formato de livro (http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Catcher_in_the_Rye), a obra é um verdadeiro best-seller e teria feito a cabeça de muita gente, inclusive do assassino do ex-beatle John Lennon, Mark David Chapman, que tinha verdadeira obsessão pela história do jovem Holden Caulfield, protagonista e narrador.
O cara que tentou matar o ex-presidente Ronald Reagan em 1981 também teria tirado do livro a inspiração para o atentado. Através da resenha de autoria de Marco Antônio Bart(http://www.screamyell.com.br/literatura/apanhador.htm), descubro outras curiosidades acerca do livro: ele também é uma obsessão do personagem de Mel Gibson no filme "Teoria da Conspiração", que fiquei super a fim de assistir, e fonte de inspiração para bandas de rock.
A pergunta é: por que esse livro mexeu - e talvez ainda mexa - tanto com a mente das pessoas?
Não vou responder essa pergunta, pelo menos neste momento, mas gostaria muito de debater esse tema com outros leitores do livro do misterioso Salinger.
O que quero contar aqui é que terminar o livro foi uma vitória. Tenho essa publicação (velhinha, de páginas amareladas e cheirando a mofo) desde 1997 e tentei encará-la diversas vezes, mas sempre parei nas primeiras páginas. Desta vez não: fui até o fim e aproveitava breve minutos (até na oficina) para dar continuidade à leitura de tão envolvida que estava com a história do jovem Caulfield.
Podem ficar tranquilos que não pretendo matar ninguém, mas o livro é muito interessante: a gente fica muito envolvida com a mente maluca e errática do narrador protagonista.
Mas é também muito poético.
Eu ganhei esse livro (como outros que pretendo ler) de uma pessoa encarregada por uma biblioteca no estado de Indiana quando viajei para lá numa viagem de intercâmbio pelo Rotary Club. Eram livros repetidos que iam ser jogados fora, sei lá, e ela me deu.
Comecei ontem a leitura de outro desses livros, outro clássico da literatura norte-americana: "Trópico de Câncer", romance autobiográfico de Henry Miller - uma obra iconoclasta.
Entrei numa de ler livros em inglês como forma de aperfeiçoar meu inglês. Estou adorando a experiência.

2 comentários:

Dete disse...

Puxa, que pena. Se soubesse, teria levado algum livro em ingles para voce.
Bjs.

Martha disse...

Não tem problema... Ainda tenho vários para ler, inclusive, um que vc me deu (Searching for Caleb) e que já comecei várias vezes também.
Ele é o segundo da minha lista atual.
Bjs