segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A violência nossa de cada dia

Ainda bem que este ano "estou" fora do Enem. No ano passado, por causa de minha filha Marina, que hoje está feliz no curso de Agronomia da Unesp em Jaboticabal para orgulho da mamãe, acompanhei o Exame Nacional do Ensino Médio passo-a-passo e morri de raiva junto com minha filha e seus amigos quando o Enem foi cancelado por causa do vazamento das provas.
Nova data foi marcada, o pessoal ficou sob estresse mais um tempo e o exame ficou um pouco desacreditado.
Este ano, quando tudo parecia bem eis que surge mais uma bomba: cerca de 20 mil candidatos, segundo os jornais, receberam provas com problemas de impressão e talvez o exame seja anulado.
É inacreditável! Nessas horas ninguém é culpado.  Os culpados devem ser os estudantes que continuam se submetendo docilmente ao Enem na esperança da democratização do acesso à universidade pública. Que "bela" lição nossos jovens recebem ao chegar ao mundo adulto!
Esse é o Brasil! Já que falei em jovens, aproveito para mencionar dois assuntos que estão relacionados ao tema: na tarde de sábado, quando saia do cinema no Shopping Pantanal com minha filha Diana presenciamos o início de uma briga entre rapazes que caminhavam logo atrás de nós. De repente, três deles estavam envolvidos numa briga. Susto, corre-corre, todo mundo meio passado diante daquela cena de violência aparentemente gratuita num local onde supostamente as pessoas se sentem protegidas da violência das ruas. Não fiquei lá para saber como tudo acabou, mas fiquei triste por aqueles jovens que vi andando atrás de mim e pareciam tão calmos e dispostos a uma tarde de lazer.
Outra nota triste é a quantidade de acidentes que testemunhamos diariamente em Cuiabá. Na sexta, teve um na esquina da minha rua (Estevão de Mendonça com Dom Bosco) entre um ônibus e um carro. Embora  o cruzamento tenha sinal, deve ser um dos campeões em acidentes da capital. No sábado, vi um motociclista no chão à espera de socorro em outra esquina da Dom Bosco e ontem vi outro na mesma situação numa entrada da avenida Miguel Sutil onde já assisti a outros acidentes. Falta fiscalização, mas falta muita conscientização dos próprios motoristas, motociclistas e também dos pedestres, embora estes sejam sempre as maiores vítimas.

Um comentário:

Blog do Akira disse...

Martha
Esta é a 3ª tentativa de postagem deste comentário, espero conseguir desta vez.
Enem, ainda bem que meus filhos já estão crescidos, um com 21 anos e outra com 26. O que mais me incomoda são as justificativas sem pé nem cabeça dos nossos governantes, até parece que somos todos debilóides, num país mais sério esse ministro da educação já estava no olho da rua há muito tempo. E olha que não é a primeira trapalhada do Enem.
Cenas de violencia no Shopping, teoricamente o local mais seguro nas cidades, violencia nas ruas, violencia e dor no trânsito e nos lares, violencia incontrolável por todo o país. Ninguém entende ninguém, ´[e o samba do crioulo doido.