quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Rio com chuva

O Rio com chuva fica diferente. Fica meio deprê, mas eu não estou a fim de entrar nessa. Vou me encontrar com minha irmã Jane daqui a pouco no Centro Cultural Carioca para ouvir velhos sucessos de Carmem Miranda, minha nova paixão. Vou celebrar a vida!
Hoje almocei com uma sobrinha muito querida que está lutando bravamente por sua saúde. Depos do almoço, passeamos pelas lojas do RioSul e, por alguns minutos, brincamos que éramos muito ricas e podíamos comprar qualquer coisa que desejássemos. Entramos numa loja bonita, cheia de calçados e bolsas maravilhosas e caras, perguntamos preços, pegamos alguns nas mãos e fomos super bem tratadas pelo funcionário da loja, que logo foi informado que não estávamos dispostas a comprar. Na saída, agradecemos a atenção e eu disse: "Quando a gente tiver dinheiro, a gente volta". Ele respondeu, gentil: "Pode voltar mesmo sem dinheiro".
É disso que gosto no Rio: você vê tanta gente diferente, gente simpática, gente carrancuda, estrangeiros, brasileiros de vários estados. Na ida para o RioSul conheci uma italiana que mora no Rio há oito anos e "peguei carona/' com ela para atravessar a galeria subterrânea sob a rua Lauroa Muller e chegar ao shopping. No trajeto ela me contou que talvez não volte para seu país natal pois a vida lá está muito difícil. "Pela primeira vez na vida tenho vergonha de dizer que sou italiana", comentou, numa referência aos escândalos  protagonizados pelo primeiro-ministro de seu país, Sílvio Berlusconi. 
Almocei super bem (e por menos de R$ 20) no La Mole e na saída do restaurante encontrei uma contemporânea da ECO-UFRJ, Sheila Kaplan, de uma turma mais jovem que a minha. Contei a ela sobre o meu encontro de ontem com ex-colegas da ECO, ela disse que em breve vai rolar um reecontro de pessoas de sua turma, trocamos cartões e fiquei de avisá-la quando estiver no Rio. Talvez isso nunca aconteça, mas é sempre gostoso rever gente conhecida no Rio. Dá uma sensação de intimidade com a cidade.

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