Hoje foi um dia especialmente corrido e tenso. Choveu muito em Cuiabá, o tráfego estava pior do que nos dias normais e tive que correr para resolver problemas pessoais no horário de almoço. No trabalho, muita pressão, várias demandas - algumas resolvidas satisfatoriamente e outras nem tanto.
O pior de tudo foi a sensação de angústia - que ainda persiste - por causa da viagem da minha filha mais nova, que foi para Ribeirão Preto prestar vestibular para a Unesp. Esse é o primeiro dos dois vestibulares que ela vai prestar fora de Cuiabá e, se ela passar ... (suspiro) ... bom aí não sei como será. Só esse pensamento é suficiente para encher meus olhos de lágrimas, mas acho que não tenho o direito de lhe cortar esse desejo: de sair de casa, de ir embora de Cuiabá. Minhas "filhotas" estão querendo voar com as próprias asas, embora ainda dependam tanto da mãe.
Em meio a essas pensamentos, durante o bom tempo que passei presa no trânsito, pensei nos pedestres sob a chuva e também nos feridos e doentes de Cuiabá que se amontam no Pronto Socorro de Várzea Grande por causa da crise da saúde que se arrasta há um tempão e das obras no PS da capital. Pensei no major norte-americano que saiu atirando na base militar de Fort Hood. Se o psiquiatra está assim, imagine os demais ...
Tive mais vontade ainda de conservar minhas filhas perto de mim e protegê-las, Mas quem há de nos proteger?
"O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído" - cantam os Titãs e a gente tenta se apegar nessa possibilidade (mas um dos integrantes do grupo, o guitarrista Marcelo Fromer, morreu atropelado por um motociclista em São Paulo).
Já são mais de 6h da tarde e acho que já está na hora de parar de dar corda aos pensamentos. Como se fosse fácil fazer a nossa mente e nosso coração se aquietarem.
O pior de tudo foi a sensação de angústia - que ainda persiste - por causa da viagem da minha filha mais nova, que foi para Ribeirão Preto prestar vestibular para a Unesp. Esse é o primeiro dos dois vestibulares que ela vai prestar fora de Cuiabá e, se ela passar ... (suspiro) ... bom aí não sei como será. Só esse pensamento é suficiente para encher meus olhos de lágrimas, mas acho que não tenho o direito de lhe cortar esse desejo: de sair de casa, de ir embora de Cuiabá. Minhas "filhotas" estão querendo voar com as próprias asas, embora ainda dependam tanto da mãe.
Em meio a essas pensamentos, durante o bom tempo que passei presa no trânsito, pensei nos pedestres sob a chuva e também nos feridos e doentes de Cuiabá que se amontam no Pronto Socorro de Várzea Grande por causa da crise da saúde que se arrasta há um tempão e das obras no PS da capital. Pensei no major norte-americano que saiu atirando na base militar de Fort Hood. Se o psiquiatra está assim, imagine os demais ...
Tive mais vontade ainda de conservar minhas filhas perto de mim e protegê-las, Mas quem há de nos proteger?
"O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído" - cantam os Titãs e a gente tenta se apegar nessa possibilidade (mas um dos integrantes do grupo, o guitarrista Marcelo Fromer, morreu atropelado por um motociclista em São Paulo).
Já são mais de 6h da tarde e acho que já está na hora de parar de dar corda aos pensamentos. Como se fosse fácil fazer a nossa mente e nosso coração se aquietarem.
2 comentários:
Olá Martha, 'passeando' pela grande rede em busca de alguma informação a cerca dos estudos filosóficos de Sausurre ( me preprando para o mestrado de cognição e linguagem) me deparei com seu blog. Li o 'ninho vazio' e certamente posso compreender o que sente. Na verdade, também me encontro no mesmo processo em casa, preparando para alçar voos.Mas sabe, essa 'perda' tem sua vantagem mais gloriosa: a saudade só faz reforçar o quanto o amor de mãe e filhos é algo que tempo ou distância nenhuma apaga! Parabéns pelo blog! ;D
Puxa, obrigada pelas palavras de consolo e pelos parabéns!
Apareça sempre ...
Acabei de falar por telefone com um desses passarinhos que vai prestar o vestibular amanhã. É incrível como a gente ama essas pessoinhas que há pouco tempo atrás ensaiavam seus primeiros passos sozinhas e agora se aventuram a morar em outras cidades ...
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