Acabei de ler uma notícia no jornal O Globo sobre o lançamento do sexto filme da série "Jogos mortais". "Quem ainda aguenta os filmes da série?" - esse é o título da matéria que se refere a esse tipo de filme como "torture porn", traduzido como "pornô da tortura".
Adorei o termo! Eu, que passo longe desse tipo de filme e não consigo imaginar que tipo de gente gosta de vê-lo, não conhecia esse termo e fiquei mais aliviada de saber que na Espanha "Jogos mortais VI" teve sua exibição restrita a salas dedicadas a filmes pornográficos. Tudo bem que muito jovens vão assisti-lo em casa em DVD ou cópias baixadas na internet, mas pelo menos há um questionamento em relação à finalidade de um filme onde cenas de sangue, mutilação e dor são mostradas em todo seu "esplendor".
Mesmo que eu não goste de filmes pornográficos, tenho que respeitar que haja gente que goste.
Estou cada dia mais fresca e vou acabar assistindo somente desenhos animados do Walt Disney (daqueles antigos, tipo "Bambi" e "Fantasia"). Brincadeiras à parte, mesmo que meus amigos recomendem como "ótimo cinema" não gosto de assistir àqueles filmes que abusam da violência. Mas abri uma exceção para ver "O lutador", que rendeu prêmios ao ator Mickey Rourke. Tenho horror a filmes de luta (embora tenha visto "Touro indomável" e "Menina de ouro"), mas uma amiga (Mônica) disse que valia a pena e que as cenas de luta não eram assim tão terríveis.
Ainda bem que vi o filme em casa porque eu me levantei nas sequências de luta, porém realmente valeu a pena assistir. Mickey Rourke (que apreciei em clássicos dos anos 80, como "Coração Satânico", "O selvagem da motocicleta" e, é claro, "Nove semanas e meia de amor") está realmente fabuloso e é de cortar o coração seu discurso final. Ele está falando como Randy, mas parece que está contando a sua própria história. "Já fui mais bonito", diz, entre outras coisas. O contraste entre a sensbilidade e a explosão de brutalidade é incrível. Muito interessante também acompanhar os bastidores das lutas, as combinações dos golpes, os jogos de cena e criação de personagens abordados num artigo célebre do semiólogo francês Roland Barthes.
Gostei muito do filme, mas continuo não entendendo como pessoas fazem da luta uma profissão e o que mais me intriga: como tem gente (homens e mulheres) que gosta de ver as pessoas se torturando, se autoflagelando e sangrando. Há gosto para tudo num mundo onde até hoje crucificações e apedrejamentos são espetáculos públicos.
Adorei o termo! Eu, que passo longe desse tipo de filme e não consigo imaginar que tipo de gente gosta de vê-lo, não conhecia esse termo e fiquei mais aliviada de saber que na Espanha "Jogos mortais VI" teve sua exibição restrita a salas dedicadas a filmes pornográficos. Tudo bem que muito jovens vão assisti-lo em casa em DVD ou cópias baixadas na internet, mas pelo menos há um questionamento em relação à finalidade de um filme onde cenas de sangue, mutilação e dor são mostradas em todo seu "esplendor".
Mesmo que eu não goste de filmes pornográficos, tenho que respeitar que haja gente que goste.
Estou cada dia mais fresca e vou acabar assistindo somente desenhos animados do Walt Disney (daqueles antigos, tipo "Bambi" e "Fantasia"). Brincadeiras à parte, mesmo que meus amigos recomendem como "ótimo cinema" não gosto de assistir àqueles filmes que abusam da violência. Mas abri uma exceção para ver "O lutador", que rendeu prêmios ao ator Mickey Rourke. Tenho horror a filmes de luta (embora tenha visto "Touro indomável" e "Menina de ouro"), mas uma amiga (Mônica) disse que valia a pena e que as cenas de luta não eram assim tão terríveis.
Ainda bem que vi o filme em casa porque eu me levantei nas sequências de luta, porém realmente valeu a pena assistir. Mickey Rourke (que apreciei em clássicos dos anos 80, como "Coração Satânico", "O selvagem da motocicleta" e, é claro, "Nove semanas e meia de amor") está realmente fabuloso e é de cortar o coração seu discurso final. Ele está falando como Randy, mas parece que está contando a sua própria história. "Já fui mais bonito", diz, entre outras coisas. O contraste entre a sensbilidade e a explosão de brutalidade é incrível. Muito interessante também acompanhar os bastidores das lutas, as combinações dos golpes, os jogos de cena e criação de personagens abordados num artigo célebre do semiólogo francês Roland Barthes.
Gostei muito do filme, mas continuo não entendendo como pessoas fazem da luta uma profissão e o que mais me intriga: como tem gente (homens e mulheres) que gosta de ver as pessoas se torturando, se autoflagelando e sangrando. Há gosto para tudo num mundo onde até hoje crucificações e apedrejamentos são espetáculos públicos.
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