quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Impunidade

Sempre tive o maior respeito pelo deputado José Genoíno (PT-SP), que agora é réu no processo de mensalão que tramita no STF. Mas quando ele ataca o projeto de lei de iniciativa popular que pretende impedir a candidatura de quem tem ficha suja está naturalmente legislando em causa própria e, na minha modesta opinião, misturando alhos com bugalhos ao associar a proposta à ditadura militar.
Puxa vida, vivemos no país da impunidade, da falta de limites. Não se pode falar ao celular enquanto se dirige, mas todo mundo fala, eventualmente é multado, mas depois a gente descobre que grande parte das pessoas que teve a carta de motorista cancelada simplesmente continua com o documento porque a lei (foi o que eu entendi) diz que cabe ao infrator entregar a carteira quando atinge o limite de pontos. A maioria não faz isso.
Esse exemplo só demonstra que - vamos botar a mão na consciência - ainda perdura a ideia do jeitinho, de levar vantagem, de burlar a lei, afinal, "por que vou ser tão certinha se tem tanto político roubando, tanto policial corrupto, etc?"
Então, a iniciativa do PL é válida sim. Enquanto o candidato a candidato estiver sob suspeição, não pode ser candidatar e ponto final. Quem sabe assim os políticos profissionais (que vivem pendurados nas tetas do poder) não vão se movimentar para que a Justiça seja mais célere de modo a provar sua "inocência"?
Eu, pelo menos, não aguento mais ouvir falar de deputado, senador, prefeito acusado, condenado, preso por peculato, roubo, assassinato, etc.

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