sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Vida e morte

Ao contrário da sexta-feira passada, quando chovia torrencialmente em Cuiabá e eu me angustiava com a viagem da minha filha caçula (que já voltou), hoje está um sol de rachar e estou animada com as perspectivas para o fim de semana por causa do festival de jazz em Chapada dos Guimarães.
Isso não impede que a gente se angustie com os temporais malucos que deixam pessoas desabrigadas em várias cidades do Brasil e que pode chegar por aqui a qualquer momento. Junte-se a essa possibilidade a dengue sempre presente, a gripe suína e o caos na saúde pública e pronto, temos uma receita de infelicidade e tragédia.
É impressionante como vida e morte andam tão próximas. Uma das minhas irmãs me contou esta semana que sua filha chegou para trabalhar num prédio do Centro do Rio, onde funcionam os serviços de uma imponente instituição pública federal, e uma funcionária tinha acabado de cair no poço de elevador e morrer. Minha sobrinha chegou a pensar que poderia ter sido ela caso tivesse chegado 20 minutos antes.
No mesmo dia vimos imagens impressionantes na TV da mulher, supostamente bêbada, que caiu nos trilhos do metrô nos EUA e conseguiu sair andando pois os espectadores da cena conseguiram parar o trem que se aproximava.
Isso nos leva àquela velha questão: cada um tem seu dia de morrer e, portanto, não vale a pena a gente esquentar? Ou tudo é imprevisível e ilógico mesmo?
Difícil de saber ... Nesses casos, ter fé ajuda muito.
Discussões à parte, quero aproveitar o espaço para divulgar o show dos amigos do grupo Alma de Gato que acontecerá neste domingo, no Teatro do Sesc Arsenal, em dois horários, às 18h30 e 20h30. Como já disse num artigo publicado no jornal Folha do Estado há uns dois meses, o grupo canta muito bem e é engraçado pra caramba. O grande desafio dos rapazes é equilibrar o aspecto musical com o cênico. Vale a pena conferir!

PS. Mal acabei de publicar esta postagem, recebi um email informando sobre a morte de um advogado de 67 anos, Allan Kardec dos Santos, diretor de uma das empresas de transportes mais conhecidas de Mato Grosso (a Tut), vítima de dengue hemorrágica. Segundo a família, a doença foi contraída em Cuiabá, mas o falecimento ocorreu no Hospital São Luiz, em Cáceres.

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