De vez em quando penso nesse conceito de "melhor idade". A intenção, reconheço, foi boa. Dar algum alento aos que passam dos 60 anos.
Ontem caminhando com duas amigas, mais jovens que eu, uma delas comentou que morre de medo de chegar aos 60 anos. Eu, que já estou na faixa dos 50, respondi que tudo é relativo. É engraçado: a ideia dos 60 não me assusta. Penso nas vantagens (aliás, esse foi o ponto de partida de nossa conversa): pode pagar meia entrada no cinema, teatro e shows; andar de graça no metrô e ônibus, ter fila privilegiada no banco e supermercado, e, principalmente, aproveitar as vagas para idosos nos estacionamentos de shoppings e supermercados.
Fora isso, tem aquela sensação de estar acumulando dores (mas, vamos combinar, tem muito jovem por aí que vive com dor) e problemas: artrose, artrite, reumatismo, problemas nos joelhos em geral, na vista (catarata, glaucoma, etc), osteoporose, hipertensão, taquicardia, angina e uma grande lista de doenças crônicas que vão chegando à medida em que a idade avança. Minha ex-professora de Yoga dizia que era a idade do "condor".
E ainda tem a questão espiritual/existencial: o fato de não ter encontrado ainda (na maioria dos casos, acredito) as respostas para as perguntas básicas da vida e não saber para aonde está indo. O medo de deixar coisas mal resolvidas, de abandonar as pessoas que ama e supostamente dependem de você. A sensação de não ter realizado seus sonhos e ideais - aqueles que a gente alimentou na juventude.
Caramba, que papo bravo para um domingo, hem? Provavelmente vou seguir a minha com todas essas (in) certezas, mas vou procurar valorizar um pouco mais cada minuto que eu tiver. A gente se preocupa com muita bobagem, muito detalhe pequeno. Passa a vida carregando um monte de quinquilharia moral que foi acumulando ao longos dos anos.
A única certeza que tenho neste momento é a importância do afeto e dos laços que me unem às pessoas da minha família, que me amam e me conhecem (?) desde pequena (os mais velhos, é claro).
Quanto aos meus planos ... Estou tentando estabelecê-los diante da constatação terrível de que as coisas na minha vida acontecem de uma forma totalmente não planejada. Por enquanto, só tenho alguns: continuar trabalhando, cantando, dançando e fazer yoga/caminhada e, se possível, natação, até o fim dos meus dias. Ah, continuar cultivando este blog.
Ontem caminhando com duas amigas, mais jovens que eu, uma delas comentou que morre de medo de chegar aos 60 anos. Eu, que já estou na faixa dos 50, respondi que tudo é relativo. É engraçado: a ideia dos 60 não me assusta. Penso nas vantagens (aliás, esse foi o ponto de partida de nossa conversa): pode pagar meia entrada no cinema, teatro e shows; andar de graça no metrô e ônibus, ter fila privilegiada no banco e supermercado, e, principalmente, aproveitar as vagas para idosos nos estacionamentos de shoppings e supermercados.
Fora isso, tem aquela sensação de estar acumulando dores (mas, vamos combinar, tem muito jovem por aí que vive com dor) e problemas: artrose, artrite, reumatismo, problemas nos joelhos em geral, na vista (catarata, glaucoma, etc), osteoporose, hipertensão, taquicardia, angina e uma grande lista de doenças crônicas que vão chegando à medida em que a idade avança. Minha ex-professora de Yoga dizia que era a idade do "condor".
E ainda tem a questão espiritual/existencial: o fato de não ter encontrado ainda (na maioria dos casos, acredito) as respostas para as perguntas básicas da vida e não saber para aonde está indo. O medo de deixar coisas mal resolvidas, de abandonar as pessoas que ama e supostamente dependem de você. A sensação de não ter realizado seus sonhos e ideais - aqueles que a gente alimentou na juventude.
Caramba, que papo bravo para um domingo, hem? Provavelmente vou seguir a minha com todas essas (in) certezas, mas vou procurar valorizar um pouco mais cada minuto que eu tiver. A gente se preocupa com muita bobagem, muito detalhe pequeno. Passa a vida carregando um monte de quinquilharia moral que foi acumulando ao longos dos anos.
A única certeza que tenho neste momento é a importância do afeto e dos laços que me unem às pessoas da minha família, que me amam e me conhecem (?) desde pequena (os mais velhos, é claro).
Quanto aos meus planos ... Estou tentando estabelecê-los diante da constatação terrível de que as coisas na minha vida acontecem de uma forma totalmente não planejada. Por enquanto, só tenho alguns: continuar trabalhando, cantando, dançando e fazer yoga/caminhada e, se possível, natação, até o fim dos meus dias. Ah, continuar cultivando este blog.
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