O mundo inteiro fala sobre redução de emissões de gases de efeito estufa. O governo discute propostas a levar para a Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP 15), que acontecerá em dezembro, em Copenhague (Dinamarca) e representantes de vários países trocam acusações sobre o não comprometimento de cada nação com a causa ambiental em prol da sobrevivência do Planeta, acuado pelo aquecimento global.
Mas leio nos jornais de hoje que o Brasil aumentou suas emissões. Chego em casa e vejo uma reportagem no Jornal Nacional sobre os impactos na economia e na qualidade de vida das pessoas do sufoco passado no transporte nosso de cada dia. Ouvi uma moça contando que passa cinco horas horas por dia no ônibus para ir e vir do trabalho e seis horas no serviço. Isso é uma loucura!
Um especialista diz que a solução para o problema está na melhoria do transporte coletivo e no fim do individualismo. No intervalo comercial sou bombardeada pela propaganda de carros e me lembro do nosso espanto (meu e das minhas filhas) diante da declaração de uma sobrinha (uma moça de pouco mais de 30 aos) que nunca sonhou em ter um automóvel próprio. Ela é personal trainer no Rio de Janeiro e vai de um trabalho para o outro de bicicleta, faça chuva ou faça sol. Durante esse encontro, ocorrido no domingo, falamos sobre o excesso de carros em Cuiabá e comentei que na casa de uma amiga minha - uma família de cinco pessoas - há quatro automóveis na garagem. Em breve, terá mais um, já que o pai prometeu dar um carro à filha caçula assim que passar no vestibular.
Em suma, muita gente se preocupa com o futuro da Terra, mas quantos de nós estão realmente dispostos a abrir mão do conforto de nosso carro com ar condicionado?
Salvar o Planeta não é tarefa fácil e depende muito mais de atitudes concretas e corajosas do que de discursos ou doações para ONGs ambientalistas.
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