sexta-feira, 23 de maio de 2008

Saneamento básico - o x do problema

Descobri ontem outra utilidade para este blog: registrar dados úteis que geralmente não tenho onde guardar. O telejornal da noite da afiliada da Rede Globo em Cuiabá, a TV Centro América, destacou ontem os resultados de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que colocam a capital mato-grossense na nada honrosa posição de 17º lugar entre outras capitais no quesito saneamento básico. Apenas 12,4% dos moradores têm acesso à rede de esgotos.
Isso significa que a capital do agronegócio, do estado maior produtor de soja e detentor do maior rebanho bovino está muito mal em termos de direitos básicos do cidadão.
A reportagem mostrou esgotos correndo a céu aberto nesta temperatura que quase sempre beira 40º. Imaginem só o cheiro!
Enquanto adultos e crianças são obrigados a conviver com esgoto e todas as suas conseqüências (mosquitos, baratas, ratos, doenças, etc), muita gente se preocupa em salvar o meio ambiente. Nada contra os bens intencionados, mas para mim saneamento básico é condição indispensável para se ter um meio ambiente sadio. Quantas internações hospitalares não poderiam ser evitadas se os administradores das cidades se preocupassem mais com esse tipo de obras que, segundo o folclore político, não dá voto porque ninguém vê. Nesse ponto a própria população é culpada por omissão. Enquanto isso, gastam-se milhares ou milhões de reais em muitas reuniões de políticos, representantes das comunidades, ongs, etc, para se discutir saneamento básico.
Vale aqui um registro ao longa-metragem de Jorge Furtado, "Saneamento básico - o filme", que é muito divertido e instrutivo. Ele registra a luta de uma comunidade do Rio Grande do Sul para resolver o problema de saneamento básico. O grupo não consegue verbas para resolver o problema, mas descobre que existem recursos na Prefeitura local para fazer um documentário sobre o tema. O filme é muito engraçado e deveria ser exibido em todas as comunidades porque retrata bem o nosso país.

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