quinta-feira, 22 de maio de 2008

Divagações no início de um feriadão

É feriado, o dia está lindo e eu estou aqui sentada diante do meu computador no prédio da Famato me preparando psicologicamente para retomar a redação de minhas matérias para a revista de junho. Estou com um pouco de dor nas costas e tento descobrir qual cadeira é mais confortável: a minha antiga ou uma nova com rodinhas mais apropriada para o uso do computador.
Dei uma olhada nos jornais de Cuiabá, no portal Terra e nos blogs dos meus amigos (é sério: blog vicia!): o do Sérgio, http://www.blogdoagronegocio.blogspot.com/; o do Glauco, http://www.jornalistanaitalia.blogspot.com/ e do Elton, http://www.tendenciasa.blogspot.com/ São estilos bem diferentes, mas todos bastante interessante na medida em que trazem impressões, observações, reflexos e relatos desses três jornalistas.
Das notícias que li nos jornais, a que mais me entristeceu foi a de um menino de 13 anos que comandou um assalto em Cuiabá. Fico pensando: será que a polícia bateu muito nele? Como será esse menino? Qual é sua história de vida? Que futuro terá? Ele ainda tem saída?
Nessas horas gostaria de trabalhar num jornal diário e poder humanizar um pouco essas matérias. Fazer o perfil de vítimas e/ou criminosos, sendo que muitas vezes os dois papéis se confundem. Vocês podem pensar o que quiser, mas acho muito difícil um menino ou uma menina criado num casebre, numa família desestruturada, com esgoto passando na porta, no meio da poeira e da lama (dependendo da estação do ano), sem escola, ouvindo esses programas sensacionalistas na TV, com a pressão dos "amigos" traficantes e ladrões, conseguir furar esse cerco e mudar de vida. Alguns conseguem, mas são poucos.
Sempre achei que no mínimo todas as crianças deveriam ter as mesmas condições de vida: comida na mesa, roupas, educação e saúde de qualidade. Depois cada um escolheria o caminho que preferisse trilhar.

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