quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Viagem no tempo

Hoje fiquei algumas horas sem o webmail do Terra e quase entrei em parafuso! Que dependência louca criamos dessa ferramenta maravilhosa que é a internet!
Eu me sinto quase uma pessoa pré-histórica quando eu me lembro de que elaborava minhas matérias para o jornal numa simples máquina de escrever. Remington, Olivetti ... Na verdade, eram máquinas imensas, pesadas, maravilhosas. Quando a gente errava alguma coisa ou tinha que acrescentar algo, ou arrancava o papel, fazia uma bolinha e jogava fora, ou, dependendo da pressa, recortava um pedaço de papel com o trecho novo e colava em cima do velho. O texto seguia para o copydesk cheio de rabiscos, observações, etc, parecendo um Frankenstein. Eu gostava especialmente de ouvir o barulho das máquinas. Dependendo do entusiasmo e da pressa do jornalista e, naturalmente, da quantidade de pessoas na redação, o barulho era maior ou menor. E como se tomava café e como se fumava naquele tempo! Até eu fumava na redação!
Bem, fui longe no tempo... Pois hoje a gente começa a escrever um texto em casa no seu personal computer, vai para a redação do jornal (se quiser) e depois continua de outro computador, tudo na boa, desde que o provedor não te deixe na mão. A gente corrige, insere informações e comentários, na hora que quiser. E se escreve muito, e também se escreve muita bobagem porque nem todo mundo tem paciência e disposição para pesquisar a informação certa, a grafia correta das palavras. 
É uma pena. Eu que vivi nos dois mundos tento me equilibrar entre o melhor de um passado, onde o bom texto realmente era valorizado, e o presente onde abundam blogs, sites informativos, mas nem sempre a gente consegue se sentir bem informado e, principalmente, onde é sempre muito difícil separar o joio do trigo. 

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