quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O exemplo da Lituânia

Adorei o tratamento de choque que o prefeito Arturas Zuoka, de Vilnius, capital da Lituânia, está dando aos donos dos veículos que não respeitam as regras de trânsito.
O telejornal Hoje, da Rede Globo, mostrou hoje ele passando com um tanque de guerra por cima de um carro estacionado numa ciclovia. O apresentador disse que as imagens fazem parte de uma peça publicitária.
Achei uma atitude radical, mas interessante - e educativa.
Sou motorista e pedestre, mais motorista do que pedestre, mas sou do tipo que prefere estacionar a algumas quadras de distância do local aonde vou a parar em local proibido ou mesmo ter que pagar estacionamento ou dar grana para qualquer sujeito que aparece dizendo-se guardador. Se der, vou a pé.
Fico irritadíssima quando ando numa rua, como a Estevão de Mendonça, onde moro em Cuiabã, e vejo carros sobre a calçada atrapalhando a passagem de pedestres. Um dia até chamei a atenção de uma motorista que tinha acabado de deixar seu carro atravessado na calçada. Questionei sua atitude, num ímpeto de civilidade, e por sorte ela não era do tipo barraqueira. Simplesmente voltou para o carro e o tirou da calçada.
Não sou a rainha da virtude, nem santa, mas sempre procuro pensar no outro, que pode ser um pedestre, um adulto com um carrinho de bebê ou um cadeirante.
Ontem fui levar minha filha caçula ao Aeroporto Marechal Rondon e deixei meu carro por alguns minutos em local proibido (mas não na calçada) depois de dar uma volta e não encontrar vaga. Eu só queria ver se tudo tinha dado certo no check-in e dar um último abraço, e não estava a fim de pagar uma grana de estacionamento para ficar apenas alguns minutos.
A área em torno do aeroporto está um caos. Quase não há local para os ônibus e vans estacionarem, os motoristas param os carros em fila dupla e não vi qualquer tipo de fiscalização.
Sei que o problema de estacionamento está cada vez mais complicado nas grandes cidades, mas acho o fim da picada alguém estacionar na calçada. Calçadas foram feitas para os pedestres andarem.
Gostaria muito de viver numa cidade com planejamento onde prevalecesse o bem coletivo e não o individual, e onde regras mínimas de educação fossem respeitadas.  Bem que poderia ter uns prefeitos meio malucos como esse da capital da Lituânia por aqui.

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