quinta-feira, 2 de junho de 2011

Utopia

Acabei de chegar do Sesc Arsenal. Assisti a um concerto didático da Orquestra do Estado de Mato Grosso, fiz uma entrevista ótima com o maestro Murilo Alves para uma matéria e depois dei um tempo até o horário marcado para a oficina de técnica vocal que aconteceria no Sesc às 19h.
Foi legal acompanhar a montagem do Bulixo que acontece no Sesc às quintas-feiras, ver as pessoas chegando com panelas, isopor, carrinhos, cadeiras e mesas, e montando aos poucos as barracas de comida, bebida e artesanato variado.
Dei uma volta para ver o que ia comer e fiquei perdida diante de tantas opções de pratos quentes, salgados e doces. Acabei comendo uma empadinha de frango e, mais tarde, comi um sobá - um prato da culinária japonesa à base de macarrão, legumes e carne, muito apreciado em Campo Grande (MS). Estava gostoso.
Após a oficina, tivemos um mini show de parte do grupo Urutau, com os músicos Estela Ceregatti, Juliane Grisólia e Jhon Stuart ( o grupo completo tem mais três integrantes). Foi lindo!
Voltei para casa encharcada de música, cheia de expectativa em relação ao show de amanhã (de Vera Capilé) e de depois de amanhã (de Simone Guimarães), e um pouco preocupada com um monte de coisa que tenho para fazer nos próximos dias.
Quero me manter animada e otimista (estou adorando o meu trabalho no Diário de Cuiabá), mas tem hora que me dá aquela velha angústia proveniente de ainda ter tantas incertezas na minha vida (em todos os sentidos, financeiro, profissional, sentimental). Nessas horas bate uma solidão braba.
 Nesses dias tenho recebido muitos elogios ao meu trabalho e isso, paradoxalmente, me deixa feliz (estou fazendo exatamente o que gosto de fazer) e triste, porque o que ganho (mesmo com os frilas) ainda não é suficiente para pagar as despesas da minha família.
Esse é um nó que não consigo resolver, mas não quero - e não vou - me deixar abater. Eu queria realmente fazer um trabalho que fosse significativo para a sociedade, fosse prazeroso para mim e me garantisse autonomia financeira. Será que isso é uma utopia?

2 comentários:

Flores da Vergonha disse...

Prezada Martha, a felicidade que você busca só existe na imaginação. Você já tem tudo que precisa. O mero existir é um prazer. Esqueça o futuro. A vida é aqui e agora. Essa ansiedade por conquistar coisas que não são nossas mas imposições das culturas de massa pode fazer muito mal à saúde. Sonhar, trabalhar, se angustiar é apenas se distrair. No fim das contas, de um jeito ou do outro, a natureza não se entristece. O dinheiro só lhe fará sobreviver melhor. Viver é outra coisa.Você é única e efêmera, não perca tempo com a loucura humana. Assuma a vida como uma felicidade e finalidade em si mesma. Um grande abraço de alaorpoeta.

Anônimo disse...

Esse é um nó que me sufoca. Com a desvantagem de que detesto o que faço, mas de outra forma não sustentaria minha família.

Abs