terça-feira, 28 de junho de 2011

Encontros e despedidas

É engraçado essa coisa de amizades antigas. Estudei no Colégio Santo Inácio durante três significativos anos da minha vida (de 1972 a 1974). Para mim, o CSI representava um mundo novo a ser desbravado com suas centenas de exemplares de uma espécie que me assustava muito na época: meninos.
Recém-chegada de uma vida escolar em colégios de freiras exclusivos para meninas, eu era muito, mas muito tímida e tinha vergonha até de andar nos corredores no primeiro ano.
Com o tempo, fui me soltando e fiz grandes amizades - daquelas que quase ficam para sempre. Eu digo quase porque nenhum dos meus melhores amigos da época moram na mesma cidade que eu. Não vou citar nomes porque meus amigos podem não gostar, mas tem gente na França, em Brasilia, em São Paulo e até no Rio de Janeiro, que encontro eventualmente quando visito minha antiga cidade.
Recentemente reencontrei amigos e outros não tão chegados através do grupo da turma de 1974 do CSI no Facebook. De vez em quando, acabo me envolvendo em algumas conversas malucas, num ataque de saudosismo de uns e outros. Através do Face fico sabendo do sucesso de alguns e também fiquei sabendo da morte de alguns colegas.
Um deles foi muito próximo nos primeiros anos do CSI. Grande tocador de violão, namorou por algum tempo uma grande amiga e compartilhávamos fins de semana gostosíssimos numa bela propriedade em Teresópolis, regados a muita música, jogos de vôlei, sauna e piscina. Sempre achei esse nosso amigo muito precoce: ele tinha 16 anos e já tinha um filho. 
 Por razões que desconheço, eu  fui me afastando dele ao longo do curso, mas fui me aproximando cada vez mais de outros garotos que não eram da minha turma do Clássico e dos quais continuei amiga durante o tempo de faculdade. Cada um seguiu seu rumo e alguns desses amigos fizeram mestrado e doutorado fora do Brasil. Outros foram embora do país em busca de melhores oportunidades de trabalho e ficaram por lá.
Talvez a gente nunca mais se encontre, mas quero que todos saibam que ocuparam um lugar muito especial na minha vida. A vida é assim mesmo, cheia de encontros e despedidas, e espero um dia poder revê-los nem que seja para um chope à beira-mar. Saúde! 

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Martha! Só vim dizer que adoro ler seu blog, suas histórias! Um beijo e sucesso! Amandita

Martha disse...

Obrigada, Amanda! Bjs