domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tilintar dos cristais

O bom do blog é que a gente pode escrever quando dá vontade. Hoje, por exemplo, quero falar sobre o show ao qual assisti ontem para que outras pessoas que, eventualmente, leiam meu blog possam assistir hoje.
Já vou dar o serviço: Grupo Uratau, no teatro do Sesc Arsenal, às 20h (pontualmente).
Não me proponho a fazer uma crítica ou coisa do gênero, apenas quero registrar minhas impressões para valorizar o esforço e o talento de seis jovens mato-grossenses (se todos nasceram aqui não sei, mas é aqui que vivem e batalham pela sua arte), todos alunos de música da UFMT.
Registrei  com alegria o nascimento desse urutau em 12 de abril de 2010 neste blog.  http://martha-caentrenos.blogspot.com/search?q=Urutau 
Depois disso não tive mais a oportunidade de ouvir o grupo. Os meninos evoluíram. Estão fazendo um som muito bonito, mágico, como só a música instrumental pode ser.
Ainda estão meio tímidos, na minha opinião, principalmente Joelson Conceição (violão), que conheci como pupilo de Marinho (o sete cordas do Chorinho), mas, aos poucos, vai trilhando seus próprios caminhos.
Completam o time Phellyppe Sabo (nos sopros), Jhon Stuart (contrabaixo, piano), Tarcísio Sobreira (percussão e bateria) e as meninas Juliane Grisólia (percussão e vocal) e Estela Ceregati (percussão, violão e voz).
Tarcísio foi meu aluno no curso de Jornalismo da UFMT (aluno querido, daqueles que sempre esbanjam carinho com a ex-professora) e agora segue sua verdadeira vocação. Por que mesmo ele foi fazer Jornalismo???
Ontem, após a apresentação, tive a oportunidade de conhecer Estela pessoalmente. Vinte e três anos, professora de crianças na escola dos pais, Estela tem tudo para brilhar. Compositora (aliás, as músicas tocadas pelo Urutau são todas dos integrantes do grupo), dona de uma voz maravilhosa e de grande personalidade, e ainda toca castanhola. Touché!
O show "Tilintar dos Cristais" é uma experiência única, numa cidade, num país, cravejado por "música" sem qualidade alguma. Num determinado momento, o amigo que me acompanhava no show me perguntou: "Estamos no Brasil?"
Respondo a ele agora. Estamos. Somente o Brasil tem elementos (instrumentos de percussão, folclore, outras fontes musicais) que permitem tornar a música instrumental tão rica. Por isso grandes músicos de jazz e até do rock (como David Byrne do Talking Heads) vêm beber nas nossas fontes. O problema é que a música instrumental nunca é valorizada aqui como é no exterior (vide os exemplos de Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, só para citar os mais notáveis).
Por isso, novamente desejo muita sorte aos meninos do Urutau, que têm a coragem e a disciplina para fazer música instrumental de qualidade em Cuiabá.
Ontem só faltou mesmo anunciar os nomes dos integrantes do Grupo no final da apresentação. Tudo bem que a plateia tinha muitos amigos e conhecidos, mas mesmo assim fez falta.
Vida longa ao Urutau!



3 comentários:

blogger do negao disse...

agora to animado com o futuro musical de cuiabá ...Urutau me deu um banho de otimismo

JAZZ Drummer disse...

Puxa vida hein Martha! Brigadão pelo carinho. Suas palavras só nos motivam para crescer e batalhar por nosso espaço musical! Que bom que gostou! Grande bjo, eterna professora e amiga!

Tarcísio!

Carolina Barros disse...

Adoro a sua sensibilidade Martha!

Bjo