terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Me dá um dinheiro aí

Terça-feira, quase 8 horas da noite, eu esperava minha filha caçula que tinha ido buscar uma encomenda (o Kanjinjin, comprado diretamente em Vila Bela da Santíssima Trindade) e estava nervosa por causa do celular dela que não parava de tocar.
De repente, alguém me aborda - um moço bem vestido, de uns 20 e poucos anos. Ele me pede dinheiro para passagem de ônibus, diz que mora no bairro Parque Cuiabá (a uns 10 km ou mais do Goiabeiras, onde estávamos) e me explica por que não estava conseguindo pegar o ônibus. No susto respondo que não tenho dinheiro. Depois fico pensando: e se ele realmente está com problemas para pegar o ônibus? Ele falou comigo de uma maneira tão gentil!
Quando minha filha retornou (e atendeu o celular que não parava de tocar), resolvi olhar se eu tinha os R$ 2.50 que ele me pediu. Eu tinha. Apressei-me para ver se encontrava o cara mais à frente e o encontrei cercado de três mulheres. Ainda deu para ouvir uma das mulheres comentando: "Hoje em dia quando um rapaz pede dinheiro a gente logo acha que é para comprar droga".
 Mostrei o dinheiro e ele respondeu educadamente que já tinha conseguido. Comentei em tom de desculpa: "Naquela hora você me assustou".
Se ele estava de má fé, enganou um monte de gente, mas não importa: eu preferi perder R$ 2,50 a ir dormir com remorso. Imaginei um sobrinho tendo que pedir dinheiro para voltar para casa.
Diante do problema resolvido, segui meu caminho levando meu dinheiro, convencida de que o moço estava agindo de boa fé. Se fosse de má fé, ele ficaria com os meus R$ 2, 50, acredito!
Vivemos num mundo tão conturbado, com tanta gente desonesta, que fica até difícil acreditar quando alguém realmente lhe pede dinheiro para pegar ônibus.

Nenhum comentário: