segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Escrevo, logo existo

A frase (inspirada no filósofo francês René Descartes) está longe de ser original, mas me veio à mente quando me preparava para atualizar este blog. Por que a gente escreve, escreve, escreve num mundo onde cada vez se tem mais informação e menos tempo para ler?
Acho que é uma forma de afirmação de nosso ego, o que tem um lado positivo e outro negativo. Por que precisamos tanto revelar o que sentimos, o que pensamos, o que somos? E até que ponto somos realmente sinceros mesmo num espaço tão pessoal quanto um blog?
Há algum tempo quando conversava com um sobrinho (uma pessoa muito crítica e de personalidade ímpar) sobre este blog, ele questionou isso: o quanto as pessoas são verdadeiras em seus blogs ou estão só querendo passar uma imagem para eventuais leitores?
Confesso que às vezes me autocensuro; mas procuro ser o mais autêntica possível, mesmo que às vezes pareça tola.
Toda essa introdução é para dizer que estou lendo um livro muito interessante. Chama-se "Um homem mau", de autoria de Wilson Britto, um consultor mineiro, que conheci por causa de um trabalho que fiz recentemente. O livro foi publicado pela Editora Entrelinhas em 2010.
Confesso que resisti um pouco a mergulhar na leitura e tive que recomeçá-la algumas vezes, mas agora me empolguei e vou até o fim. O livro parte de uma discussão sobre o que é felicidade, mas não pretende ser um manual de autoajuda. De acordo com o texto de apresentação, ele é o primeiro de uma trilogia e "apresenta a realidade segundo uma visão mística pautada na filosofia oriental".
Estou praticamente na metade da leitura, mas alguns conceitos apresentados bateram fundo em mim. Com isso não estou dizendo que concordo 100% com eles e sim que mexeram comigo.
Um deles diz que a gente não pode mudar alguém. Outro é que não existe felicidade sem liberdade e paz. Outro ainda é que as pessoas passam a vida em busca da felicidade, condicionando-a a certas conquistas; tudo besteira, já que a felicidade está no "aqui e agora".
Isso soa familiar?
Não é minha intenção fazer uma resenha do livro agora (isso seria prematuro), mas apenas compartilhar algumas ideias que vem me assombrando (ou seria melhor dizer "me tranquilizando"?) nos últimos dias. Voltarei ao assunto em breve.

Um comentário:

Rose Domingues disse...

Não é manual de autoajuda, mas eu já li sobre esses conceitos em livros dessa natureza. Conta mais depois...bjos,