terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Agressões cotidianas

Acabo de ler uma notícia no jornal O Globo sobre a agressão a um funcionário público num supermercado de Taguatinga (DF). Ele reclamou da falta de uma promocão anunciada e, segundo a matéria, foi agredido (tem foto dele com a boca e o nariz sangrando) até com choque elétrico por um segurança do mercado.
Primeiro questionamento: por que a notícia não traz o nome do agressor e do local onde aconteceu a agressão? '
É impressionante como essas agressões cotidianas ficam impunes e parecem não ter importância.
Ontem vi uma matéria no Jornal Nacional sobre a repressão policial a um protesto de moradores de um pequeno município na periferia de Brasília. Foi impressionante - e comovedor - ver o pároco local abrindo a igreja para abrigar os manifestantes. "Ninguém bate no meu povo", disse.
As pessoas são desrespeitadas diariamente, vivem na periferia da capital do poder - onde milhões e milhões de reais vão para o ralo ou para o bolso de politicos e funcionários corruptos - e não têm acesso aos serviços mais básicos! Quando chegam a protestar, levam porrada!
Em Cuiabá tivemos em 2009 um caso célebre de um vendedor ambulante (o caso Reginaldo) espancado até a morte por seguranças privados de um shopping (Goiabeiras). Como o caso chocou muito pela gratuidade da violência, os acusados foram presos e condenados (alguns foram absolvidos porque ajudaram a condenar os principais agressores). Do jeito que as coisas  são (a justiça), nem sei se ainda estão presos e se vão cumprir a pena até o fim.
De qualquer maneira, casos como esse e o de Taguatinga não podem ficar impunes. É preciso combater a cultura da violência.


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