segunda-feira, 28 de junho de 2010

Música instrumental

Troquei ontem o "Fantástico" pelo concerto do Grupo de Percussão do Departamento de Artes da UFMT. Ainda bem! Não quero com isso diminuir o "Fantástico" e sim louvar minha decisão de trocar a comodidade do sofá na noite de domingo, após uma caminhada gostosa no Parque Mãe Bonifácia, por uma ida ao Sesc Arsenal, que nos oferece tão bons espetáculos a troco de R$ 2 (o equivalente a 1 litro de leite longa vida). 
A plateia não estava lotada, mas tinha bastante gente e, como havia provavelmente muitos amigos dos músicos, logo se estabeleceu uma sintonia fina entre artistas e espectadores, com direito a comentários sobre o jogo Argentina x México e muitos risos. 
O que mais me impressionou foi descobrir quantas peças maravilhosas são escritas especialmente para instrumentos de percussão, que são muitos, alguns com nomes difíceis de gravar. O músico Alex Teixeira (aliás, Alex, que o líder do grupo, fala bem, mas um pouco baixo e às vezes ficava difícil entender o nome de compositores e músicos) destacou um compositor brasileiro, Ney  Rosauro, que é super conhecido e executado ... nos EUA e no Japão.
Assim é a música instrumental - que acompanho há décadas e aprendi a amar: sempre mais valorizada em países do chamado primeiro mundo, onde músicos como Egberto Gismonti são mais reconhecidos que no Brasil. Ainda bem que temos o Sesc Arsenal em Cuiabá e, à frente do setor de música, temos Rejane De Musis, uma "guerreira", como disse o Alex ontem, que batalha incansavelmente para abrir espaço para a música instrumental na programação de modo a dar a possibilidade aos músicos de Mato Grosso para mostrar seu talento e fomentar a criação de um público para esse estilo de música. Afinal ninguém pode gostar (ou não) daquilo que não conhece.

PS. Tive ontem a oportunidade de ouvir - e apreciar - várias peças de autoria do compositor  contemporâneo Roberto Victorio, carioca estabelecido em Mato Grosso como professor do Departamento de Artes da UFMT.

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